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Dyogo Oliveira não tem intenção de deixar o Planejamento, diz fonte

Ministro só irá trocar o cargo pela presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se o presidente Michel Temer quiser

Dyogo Oliveira: saída de ministro para BNDES vinha sendo ventilada como uma das opções de Temer diante da perspectiva de vários titulares deixarem seus postos para participarem das eleições (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Dyogo Oliveira: saída de ministro para BNDES vinha sendo ventilada como uma das opções de Temer diante da perspectiva de vários titulares deixarem seus postos para participarem das eleições (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 28 de março de 2018 às 17h57.

Brasília - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, não tem intenção de deixar o comando da pasta, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto, em meio às negociações para a reorganização ministerial na Esplanada.

Falando em condição de anonimato, a mesma fonte afirmou que o ministro só irá trocar o cargo pela presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se o presidente Michel Temer quiser, já que a vontade pessoal de Oliveira é permanecer no ministério.

O atual presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, deixa o banco nesta semana para tratar da sua pré-candidatura à presidência da República.

Nesta quarta-feira, ele afirmou que o conselho de administração estabelecerá quem ocupará o posto e que o cargo está à disposição de Temer.

Segundo a fonte ouvida pela Reuters, o presidente do conselho de administração do BNDES e secretário-executivo do Planejamento, Esteves Colnago, vai indicar interinamente Ricardo Ramos para a presidência do banco.

Ramos é hoje diretor das áreas de Acompanhamento do Mercado de Capitais, Desestatização, Investimento no Mercado de Capitais e Operações Indiretas. Seu nome deverá ser submetido na quinta-feira para aprovação do conselho em reunião extraordinária, disse a fonte.

Troca-troca

A saída de Oliveira para o BNDES vinha sendo ventilada como uma das opções de Temer no troca-troca que promoverá no alto escalão da Esplanada diante da perspectiva de vários titulares deixarem seus postos para participarem das eleições deste ano.

Após anunciar sua filiação ao MDB, de Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deverá deixar o cargo na próxima semana para tentar ser o nome do partido na corrida presidencial. Em conversas reservadas, Meirelles já indicou que gostaria que seu sucessor fosse o secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, ou o secretário de Acompanhamento Fiscal, Mansueto de Almeida.

Mas o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (MDB-RR), chegou a trabalhar nos bastidores para que Oliveira ocupasse esse buraco. A opção, contudo, esbarrou em resistência de Meirelles e de seus secretários, com boa parte deles só mostrando disposição de ficar se o novo chefe do pasta fosse alguém do atual time.

Jucá foi ministro do Planejamento de Temer e se licenciou da cadeira em 2016 após escândalo de gravações no âmbito da Lava Jato. Mesmo assim, seguiu exercendo forte influência na pasta.

(Reportagem adicional Rodrigo Viga Gaier)

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