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Dúvida em Seul: por que Mantega não veio?

O ministro da Fazenda ganhou projeção internacional ao falar sobre a 'guerra cambial'

A ausência de Mantega deu margem a especulações sobre suposto descontentamento com a atuação do G-20 (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2010 às 09h04.

Seul - “Por que o ministro da Fazenda do Brasil não veio?” Era a pergunta que todos os jornalistas que cobrem a reunião do G-20 faziam ontem sempre que “Brasil” vinha à tona. Afinal, Guido Mantega ganhou projeção internacional como a primeira autoridade a falar abertamente sobre uma guerra cambial em escala global, justamente o tema central do encontro que termina hoje.

A ausência de Mantega deu margem a especulações que foram do descontentamento com a atuação do G-20 à suposta decisão do Brasil de traçar um caminho independente na questão do câmbio.

As teorias conspiratórias ganharam ainda mais força em razão do fato de que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também não foi ao encontro, que tem a missão de preparar a agenda da cúpula dos líderes do G-20 marcada para o próximo mês em Seul.

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Coluna publicada pelo Financial Times na quarta-feira sugeriu que a ausência de Mantega se deve à perda de confiança do Brasil no G-20, algo improvável dado o esforço do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em ampliar a participação do país em organismos internacionais.

IOF e Copom

Oficialmente, Mantega deixou de ir à Coreia para acompanhar de perto o impacto da elevação de 4% para 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos investimentos estrangeiros em renda fixa, medida que tem por objetivo conter a apreciação do real em relação ao dólar.

Meirelles decidiu permanecer no Brasil para participar da reunião do Comitê de Política Monetária que decidiu manter os juros inalterados em 10,75%.

O Ministério da Fazenda rebateu as especulações na imprensa internacional de que o ministro Guido Mantega esvaziou a reunião do G-20 por descontentamento com a ação do grupo e as dificuldades de fazer uma ação coordenada entre os países para enfrentar a guerra cambial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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