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Doria quer repassar gestão do Bilhete Único para bancos

Em troca de administrar os cerca de 15 milhões de bilhetes ativos, essas empresas poderiam incluir outros serviços nos cartões

Doria: o plano será enviado para aprovação da Câmara Municipal (Rovena Rosa)

Doria: o plano será enviado para aprovação da Câmara Municipal (Rovena Rosa)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 08h58.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 13h18.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), quer repassar a gestão dos cartões do bilhete único para bancos e instituições financeiras.

Em troca de administrar os cerca de 15 milhões de bilhetes ativos, essas empresas poderiam incluir outros serviços nos cartões, permitindo que eles fizessem pagamentos em geral, a exemplo do que são os cartões de crédito.

A proposta de Doria foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo. Em entrevista à Rádio Estadão na manhã desta quarta-feira, 8, o secretário municipal de Desestatização, Wilson Poit, afirmou que "lojas de departamento, grandes marcas, já negociam seus cartões atrelados às bandeiras de cartões de crédito"

Poit argumentou que a gestão dos bilhetes tem um custo estimado em R$ 500 milhões por ano. As empresas teriam de arcar com esses custos.

Entretanto, como os pagamentos das passagens às empresas de ônibus só ocorre 10 dias depois de os bilhetes serem usados, essas empresas poderiam usar o recurso em caixa para negociações bancárias, gerando lucro.

A concessão dos bilhetes faz parte, segundo Poit, do Plano Municipal de Desestatização, que está sendo desenhado pela gestão Doria.

O secretário, que também trabalhou na gestão Fernando Haddad (PT), citou outros projetos incluídos no plano, como a concessão dos 29 terminais de ônibus da cidade, de cemitérios e dos mercados municipais.

"Nos próximos dias, o prefeito e eu devemos ir ao Tribunal de Contas do Município apresentar o projeto", disse Poit.

Depois, o plano será enviado para aprovação da Câmara Municipal, que deve aprovar a proposta por meio de uma lei. No caso do bilhete único, estima Poit, a concessão "deve ir a mercado neste ano".

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