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Doria quer acabar com carnaval na Vila Madalena em 2018

"Não há condições para isso. A Vila Madalena fica muito machucada, muito afetada (com a passagem dos blocos)"

Carnaval: Doria garantiu que blocos de rua serão incentivados (Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo/Facebook/Divulgação)

Carnaval: Doria garantiu que blocos de rua serão incentivados (Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo/Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de março de 2017 às 14h59.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira, 6, que, "muito provavelmente, a Prefeitura não fará mais carnaval de rua na Vila Madalena", bairro da zona oeste da cidade, no ano que vem.

"Não há condições para isso. A Vila Madalena fica muito machucada, muito afetada (com a passagem dos blocos). Ali é um bairro eminentemente residencial, apesar de ter bares, restaurantes e café", afirmou o tucano em entrevista à Rádio Jovem Pan.

Segundo Doria, o possível veto da Prefeitura ao bairro não quer dizer que sua gestão não pretenda incentivar mais o carnaval de rua na cidade. "Pelo contrário, o carnaval de rua será incentivado. O que vai existir é mais disciplina e aviso, comunicação às pessoas."

O prefeito afirmou que as mudanças visam a permitir que quem quiser descansar, descanse, e também que as pessoas tenham acesso às suas casas.

Problemas

Neste ano, o movimento no bairro foi menor, mas ainda assim houve problemas, principalmente na dispersão dos blocos. A Prefeitura teve de apelar a gradis para impedir que foliões ocupassem ruas mais residenciais, já que o palco montado no Largo da Batata para atrair o público dos bloquinhos não impediu com que a Vila Madalena tivesse barulho, bebida e festa até depois do horário marcado.

Na segunda de carnaval, 27, houve um pequeno tumulto no cruzamento da Rua Fradique Coutinho com a Inácio Pereira da Rocha, e a Polícia Militar usou spray de pimenta para dispersar as pessoas.

Um dia antes, a reportagem constatou que, após a passagem dos blocos, foliões providenciavam sua própria festa com instrumentos musicais como atabaque, tamborim e pandeiro.

Na comparação com carnavais anteriores, porém, a situação foi mais controlada no bairro. Há dois anos, a Polícia Militar chegou a fazer cordões de isolamento para expulsar as pessoas e houve confronto entre moradores e foliões.

Desta vez, a tática de usar jatos d'água para afastar as pessoas deu certo e sem registro de grandes conflitos.

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