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Doria nega candidatura e defende que PSDB siga no governo

Prefeito de São Paulo fez ainda uma defesa da conciliação nacional e da aprovação das reformas em tramitação no Congresso Nacional

João Doria: "o confronto, as situações extremadas, não contribuem para o Brasil, não contribuem para a economia brasileira e nem para a confiança dos mercados" (Paulo Whitaker/Reuters)

João Doria: "o confronto, as situações extremadas, não contribuem para o Brasil, não contribuem para a economia brasileira e nem para a confiança dos mercados" (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 14h29.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a negar nesta segunda-feira que seja candidato à Presidência da República no ano que vem e, com uma retórica eminentemente nacional, defendeu que os quatro ministros tucanos do governo do presidente Michel Temer continuem nos cargos, em meio à divisão do partido sobre a permanência na gestão do peemedebista.

Doria fez ainda uma defesa da conciliação nacional, tema frequentemente abordado por Temer, e da aprovação das reformas em tramitação no Congresso Nacional.

"O PSDB tem quatro ministros, muito bons, que atuam no governo com muita eficiência, com destreza, são prestigiados e, a meu ver, podem perfeitamente continuar seu trabalho onde estão", disse Doria em entrevista coletiva após participar, ao lado de Temer, de cerimônia para assinatura de acordo para transferência da União ao município da área do Campo de Marte, na zona norte da capital paulista.

O local, que era alvo de disputa entre a cidade e a União há décadas, deverá receber um parque e um museu aeroespacial. Em seus discursos na cerimônia, Doria e Temer destacaram o entendimento sobre a questão.

O presidente afirmou que o prefeito é um homem que conhece os problemas do Brasil, além de chamá-lo de "amigo" e "bom companheiro".

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, principal fiador da candidatura do atual prefeito na eleição do ano passado e que tem defendido que o PSDB não tenha cargos no governo Temer, não compareceu à cerimônia.

"O governador Alckmin tem sido um bom parceiro. Leal, correto e tem recebido também a nossa lealdade... A nossa relação continua sendo muito boa. Continua e continuará sendo sempre muito boa e muito positiva", disse Doria, que disse que Alckmin não foi ao evento por entender que "era momento da prefeitura" por "delicadeza, por gentileza" e por ser "tão grandioso na sua alma".

"Eu não sou candidato a presidente da República, sou candidato a ser um bom prefeito da cidade de São Paulo. Essa é a minha responsabilidade, é isso que eu tenho procurado fazer."

O prefeito elogiou a condução econômica do governo federal e quis "deixar bem claro" que avalia que a equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, faz um bom trabalho.

"O confronto, as situações extremadas, não contribuem para o Brasil, não contribuem para a economia brasileira e nem para a confiança dos mercados... Confiança nos mercados vai se traduzir gradualmente na geração de novas oportunidades, novos investimentos e, consequentemente, a retomada do emprego", disse Doria, ecoando discurso recorrente de Temer pela "pacificação nacional", que voltou ao tema nesta manhã.

"A minha preocupação é com o Brasil", disse Doria.

"O Brasil precisa estar conciliado para votar as reformas no Congresso Nacional, finalizar a reforma trabalhista, iniciar um debate mais intenso sobre a reforma previdenciária, iniciar e concluir a reforma política, pelo menos com vistas às eleições de 2018, e ter o Brasil reconciliado com o crescimento."

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