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Doria nega candidatura à presidência após recepção em Palmas

O tucano foi recebido na cidade com faixas com a frase "Tocantins quer Doria presidente" e por militantes com camisetas que "antecipavam" a campanha de 2018

Doria: "São fãs, pessoas que querem ver o Brasil no rumo certo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Doria: "São fãs, pessoas que querem ver o Brasil no rumo certo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2017 às 16h31.

Última atualização em 14 de agosto de 2017 às 16h34.

Palmas - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), negou nesta segunda-feira, 14, em Palmas, ser candidato a presidente.

"Vim buscar ensinamentos positivos em Palmas, principalmente na área de Educação", afirmou, ao ser recebido com faixas com a frase "Tocantins quer Doria presidente" e por militantes com camisetas que "antecipavam" a campanha de 2018.

O prefeito viajou a convite do senador tucano Ataídes Oliveira (TO), que afirmou desconhecer o responsável pela criação tanto da camiseta como das faixas com os dizeres "Doria Presidente".

O prefeito da capital tocantinense, Carlos Amastha (PSB), e o deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) negaram ter mandado pôr as faixas pró-Doria presidente e distribuído camisetas.

"São fãs, pessoas que querem ver o Brasil no rumo certo", alegou Olyntho.

No entanto, na Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, quatro portadores de faixas, trajados com as camisetas, confirmaram ser funcionários do deputado estadual do PSDB do Tocantins.

No gabinete de Amastha, Doria atacou, no entanto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Sou honesto e decente. Não sou Lula e não sou o PT", afirmou, com ênfase, ao ser perguntado sobre a relação da incorporadora Cyrela com as ações na cracolândia.

O secretário extraordinário de Investimento Social da Prefeitura da capital paulista, Cláudio Carvalho de Lima, foi diretor da construtora.

Para desocupar a cracolândia, o prefeito de São Paulo criou o Projeto Redenção, que visa tirar os viciados das ruas e encaminhá-los para os serviços sociais e de Saúde.

Com diversas ações na região, até agora Doria apenas tirou do lugar os dependentes químicos, mas eles se deslocaram para áreas próximas, como a Praça Princesa Isabel.

Recentemente, ele criou um comitê para cuidar das doações à Prefeitura da capital, que, de acordo com o prefeito, chegam a R$ 700 milhões. Na chefia da comissão, está Lima.

Doria afirmou que a Cyrela, assim como "muitas outras empresas", está entre as doadoras.

Além de uma reunião com integrantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da qual é vice-presidente, e secretários municipais, o prefeito participou de encontro do PSDB, na Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, e se reuniu com empresários num colégio de Palmas.

Prévias

De acordo com Doria, a possibilidade de haver prévias no partido em dezembro não o afeta. Ele considerou que as prévias são "saudáveis".

"Não faço avaliação sobre questões políticas, se elas são vantajosas ou não para mim. Faço sobre aquilo que é bom para a população. Eu sou fruto das prévias em São Paulo", lembrou.

"Se não tivessem havido prévias em São Paulo, eu não estaria aqui, hoje, como prefeito da cidade."

São Paulo tem 55 programas de privatização, que devem ser postos em prática a partir de setembro. Criticado pela oposição por querer "vender" a capital paulista, Doria foi perguntado se, caso eleito presidente, fará o mesmo com o Brasil.

"Não se trata de vender São Paulo nem de vender o Brasil. Trata-se de ser favorável a um Estado menor e mais eficiente. A busca da eficiência implica em ter um Estado de menor tamanho com melhor desempenho, sobretudo em Saúde, Educação, Habitação, Assistência Social e Segurança Pública."

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