Doria não recebe ligações de Alckmin e FHC: "Isso não é importante"
Doria foi eleito governador de SP neste domingo, 28, com 51,75% dos votos contra 48,25% de Márcio França (PSB)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de outubro de 2018 às 12h01.
Última atualização em 29 de outubro de 2018 às 12h04.
São Paulo - O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que ainda não recebeu ligação dos principais lideres do seu partido, o ex-governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Questionado durante entrevista à Rádio Globo na manhã desta segunda-feira, 29, Doria desdenhou a ausência de contato e disse que "isso não é importante. Para mim, o que é importante é a eleição", afirmou. Doria foi eleito neste domingo, 28, com 51,75% dos votos contra 48,25% de Márcio França (PSB).
Doria emendou afirmando que reconhece a importância dos dois líderes de sua sigla, o prestígio e a força deles, mas que "ficar batendo nessa tecla não é significativo". "Significativo é ser eleito numa eleição em que infelizmente o PSDB saiu perdedor. E aqui saímos vencedores", afirmou o novo governador paulista.
O ex-prefeito também fez uma crítica velada ao seu atual partido e disse que o "muro" da sigla acabou e o partido, pelo menos em São Paulo, terá lado. Não vai ser mais o (PSDB) do muro, da muralha da China".
Na contramão dos tucanos, Doria disse que já conversou com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na noite de domingo. "Ele foi gentilíssimo comigo. Ficamos de ter um encontro nos próximos dias. Espero que hoje possamos sintonizar dia e horário", disse.
Ao citar o programa econômico de Bolsonaro e a parceria que São Paulo terá com o governo federal, Doria destacou a descentralização dos recursos aos Estados. "Ao invés de um governador ter de visitar ministérios com o chapéu na mão, os recursos são destinados aos governadores. E eles destinam às prefeituras", explicou o tucano, salientando a importância de se ter mais dinheiro nas prefeituras, responsáveis por atender diretamente a população.