Doria diz que Brasil precisa de "mais Moros e menos Lulas"
Ao entregar medalha a ex-juiz e atual ministro, governador de São Paulo afirmou que a operação Lava Jato continuará tendo seu apoio
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de junho de 2019 às 16h01.
Última atualização em 28 de junho de 2019 às 19h41.
São Paulo — O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta sexta-feira, 28, durante cerimônia de entrega da Medalha Ordem do Ipiranga ao ex-juiz e ministro da Justiça, Sergio Moro , que ele liderou na Operação Lava Jato um "grupo de patriotas". "Se não fosse este homem, liderando um grupo de patriotas, não teríamos investigado e punido o maior esquema de corrupção da história", disse o tucano.
No momento em que a Lava Jato sofre pressão por causa do vazamento de conversas atribuídas a membros da operação e o ex-juiz, Doria ressaltou que a força-tarefa "sempre teve e continuará tendo nosso apoio".
Doria alfinetou ainda o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba desde abril de 2018 no âmbito da Lava Jato. De acordo com ele, o Brasil precisa de "mais Moros e menos Lulas". "Nós não podemos aceitar ou admitir a tentativa de fazer o Brasil retroceder", comentou o tucano, em outro momento.
O ministro recebeu das mãos de Doria a medalha Ordem do Ipiranga, no grau grã-cruz, o mais alto de todos. Além do trabalho na Lava Jato, o governador paulista ressaltou a ajuda do ministro na transferência de chefes de facções para outros Estados.
Maior honraria do Estado, a condecoração homenageia cidadãos brasileiros e estrangeiros por seus méritos e contribuições para o Estado. Mais de 1.500 pessoas já foram condecoradas. A receberam, em diferentes graus, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o deputado Arlindo Chinaglia (PT) e as atrizes Fernanda Montenegro e Regina Duarte.
A plateia, composta por convidados de Doria e Moro, se manifestou em diversas vezes, com aplausos a Doria e Moro.
Antes da homenagem, Moro e a mulher Rosângela participaram de um encontro privado com Doria, a primeira-dama do Estado, Bia Doria, o vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB).