Doria congela 197 cargos comissionados nas prefeituras regionais
A promessa de Doria é reduzir em 30% o número de funcionários empregados na Prefeitura sem concurso público
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 09h28.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2017 às 10h56.
São Paulo - O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) congelou 197 cargos comissionados que estavam ocupados na estrutura da Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais na gestão Fernando Haddad (PT).
A promessa do tucano é reduzir em 30% o número de funcionários empregados na Prefeitura sem concurso público.
De acordo com a gestão Doria, o número médio de cargos de livre provimento nas prefeituras regionais, antigas subprefeituras, vai cair de 21 para 15 por órgão, redução de 28,5%.
São cargos de auxiliar de gabinete e encarregado de serviços gerais que, via de regra, eram distribuídos para indicação de vereadores em troca de apoio político na Câmara Municipal.
Apesar dos cortes, a administração tucana manteve a influência de parlamentares em postos de comando das prefeituras regionais, como chefe de gabinete.
Há nomeações de funcionários filiados ao ligados a políticos do PSDB, DEM, PR, PHS, PPS, PP, PTN, PMDB, PSD e PROS.
No mesmo decreto no qual cortou cargos, Doria criou a Coordenadoria de Governo Local em cada uma das 32 prefeituras regionais.
O novo posto terá entre suas atribuições "articular, a partir de demandas locais, a implementação de políticas públicas nas Secretarias Municipais" e será chefiado por funcionários de livre escolha do vice-prefeito e secretário das Prefeituras Regionais, Bruno Covas.
Segundo a gestão Doria, "os 32 cargos de coordenador de governo local são fruto de remanejamento" de postos já existentes na estrutura da Prefeitura e, por isso, "a medida não conflita com a determinação do prefeito de manter congelados 30% dos cargos de livre provimento".
"A novidade é a nomenclatura, que foi designada para que eles possam exercer a nova função que se espera deles, a de garantir a execução das políticas públicas do novo governo, que vão além das ações de zeladoria urbana às quais as regionais estavam afeitas anteriormente", afirma a gestão.