Brasil

Doria anuncia apoio do PP e sugere vaga ao Senado para Skaf

Anúncio foi feito uma semana após os progressistas terem oficializado aliança com o governador Márcio França

Pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria, anunciou oficialmente nesta sexta-feira, 22, o apoio do PP (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

Pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria, anunciou oficialmente nesta sexta-feira, 22, o apoio do PP (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de junho de 2018 às 14h32.

Última atualização em 24 de agosto de 2018 às 15h01.

São Paulo - O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria, anunciou oficialmente nesta sexta-feira, 22, o apoio do PP ao seu projeto de disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de outubro. O anúncio foi feito uma semana após os progressistas terem oficializado aliança com o governador Márcio França (PSB), que também é pré-candidato.

Afirmando ter o maior tempo de rádio e TV até agora entre os pré-candidatos, Doria ainda fez acenos ao MDB e ofereceu uma das vagas ao Senado para o empresário Paulo Skaf, que pretende ser novamente candidato ao governo estadual. "Portas abertas e corações pulsantes", declarou o tucano, ao fazer a sugestão para o emedebista.

Doria elogiou o empresário Paulo Skaf e afirmou que um acordo com o MDB poderia ser fechado em julho, antes das convenções partidárias. "Ajudaria a fortalecer e engrandecer esse movimento democrático em busca de uma coalizão para defender São Paulo em uma ampla frente do qual ele seria um dos protagonistas, e nesta condição, talvez ocupando a seu desejo uma das chapas para o Senado Federal", declarou o ex-prefeito, dizendo que a candidatura ao Senador "engrandeceria" a imagem de Skaf e ponderando que respeitava o direito de ele querer ser candidato a governador.

De acordo com um interlocutor de Doria, a sugestão para a vaga de vice foi feita para manter as portas abertas ao MDB, apesar de a campanha acreditar que, no momento, a posição de Skaf nas pesquisas eleitorais o faz insistir em sua candidatura.

Além do apoio estadual, o ex-prefeito de São Paulo defende que o MDB se junte ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pela Presidência da República.

Mudança

Durante a coletiva de imprensa organizada para o anúncio, que contou com líderes de outros partidos que já fecharam com Doria, como o ministro Gilberto Kassab (PSD) e o deputado federal Rodrigo Garcia (DEM), o presidente do PP estadual, Guilherme Mussi, justificou a mudança de posição no partido com um "erro de timing" na semana anterior.

Segundo ele, o apoio a Márcio França havia sido formalizado na cúpula estadual da legenda, que recebeu sinais contrários de prefeitos e outras lideranças do interior do Estado e foi forçada a ampliar a consulta sobre o posicionamento.

Desta vez, ele garantiu que haverá fidelidade no apoio ao tucano. "A fidelidade se baseia no sentido de que já ampliamos ao máximo a escuta entre os representantes do partido no Estado, acho que já se esgotou e não vai haver mais nenhum tipo de mudanças. A decisão está tomada e seguiremos juntos até o final", disse.

O presidente nacional da sigla, Ciro Nogueira, no entanto, não estava presente no anúncio. Mussi justificou incompatibilidade de agenda e afirmou que a decisão de apoiar Doria foi totalmente independente da cúpula nacional do PP.

Nacionalmente, PP e DEM negociam em bloco os rumos que tomarão nas eleições presidenciais. Considerando a aliança com o PSDB em São Paulo e a possibilidade de o DEM apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pelo Planalto, Mussi disse acreditar que uma aproximação com o tucano no plano nacional "pode ser que aconteça".

Questionado se não tinha constrangimento em receber o apoio do PP, no qual o deputado afastado Paulo Maluf, que cumpre prisão domiciliar, é filiado, Doria disse que não há "nenhum" assim como não houve quando foi eleito prefeito da capital paulista, em 2016.

Seleção

Com a coletiva organizada uma hora depois do fim do jogo da Seleção Brasileira contra a Costa Rica pela Copa do Mundo, Doria afirmou que está formando uma "seleção vencedora que sabe jogar em conjunto e tem sede de gol".

Ao fazer uma relação da aliança com o PP e o jogo desta sexta-feira, no entanto, o ex-prefeito acabou citando o primeiro gol do Brasil na partida sem exatidão do tempo em que foi marcado.

Doria relacionou o número da camisa do jogador Philippe Coutinho, 11, autor do primeiro gol, com o número de urna do PP. Ele falou ainda que o primeiro gol do Brasil foi marcado aos 45 do segundo tempo, o mesmo número do PSDB, sendo que o cronômetro da partida registrou o gol aos 46.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018João Doria JúniorPaulo SkafPSDBsao-paulo

Mais de Brasil

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR