Brasil

Dono da Boate Kiss se apresenta à polícia ainda hoje

Até o momento, seis pessoas foram ouvidas pela polícia, entre eles alguns dos membros da banda que se apresentava no local

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2013 às 16h03.

Santa Maria  – Um dos donos da Boate Kiss, palco do incêndio que matou 232 pessoas nesta madrugada (27), se apresentará à polícia ainda nesta tarde. A informação foi confirmada pelo delegado regional da Polícia Civil em Santa Maria, Marcelo Arigony, que coordena as investigações sobre a tragédia. Até o momento, seis pessoas foram ouvidas pela polícia, entre eles alguns dos membros da banda que se apresentava no local.

Segundo Arigony, o proprietário da boate se apresentou à polícia durante a madrugada, mas foi orientado a deixar o local para não ser linchado por amigos e parentes das vítimas. No início da tarde, ele voltou a entrar em contato com a polícia e disse que iria se apresentar ainda hoje. O nome do proprietário não será divulgado por questões de segurança.

O delegado ressaltou que ainda não há informação definitiva sobre a validade do alvará de funcionamento da casa noturna. “Todas as circunstâncias do ocorrido, o alvará, a quantidade de saídas de emergência, os extintores de incêndio, serão apurados a posteriori. A nossa prioridade agora é a identificação dos corpos”. Segundo Arigony, a análise da documentação da boate só deve ocorrer a partir de amanhã (28).

O delegado informou que os corpos dos cerca de 230 mortos já foram fotografados e estão sendo catalogados em álbuns para facilitar a identificação pelas famílias. Os peritos também estão retirando as impressões digitais, coletando amostras de DNA e realizando exame toxicológico nas vítimas. A identificação dos corpos é lenta e ocorre por etapas – as convocações dos familiares para reconhecimento são feitas em grupos de 10 pessoas.

Antes de visitar o local onde estão os corpos, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse que o atendimento às vítimas ocorreu, em tese, de forma rápida e que as autoridades competentes agora estão concentradas no apoio aos parentes das vítimas. “Temos que averiguar as circunstâncias em que isso aconteceu. Agora é hora de dar apoio a quem mais precisa”, disse a ministra.

Acompanhe tudo sobre:IncêndiosMortesRio Grande do Sul

Mais de Brasil

Oito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão

Ministro dos Transportes vistoria local em que ponte desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão

Agência do Banco do Brasil é alvo de assalto com reféns na grande SP

Desde o início do ano, 16 pessoas foram baleadas ao entrarem por engano em favelas do RJ