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Dois anos atrasado, trem até Cumbica só sai em 2016

Outra linha da empresa que sofreu alterações no cronograma é a 9-Esmeralda, na sua extensão até Varginha, na zona sul da capital paulista

CPTM: administração tucana culpa suposta demora na remessa de recursos do governo (Edson Lopes Jr/ A2 FOTOGRAFIA)

CPTM: administração tucana culpa suposta demora na remessa de recursos do governo (Edson Lopes Jr/ A2 FOTOGRAFIA)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 14h28.

São Paulo - Inicialmente prevista para 2014, a Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que ligará São Paulo ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, só deve ser entregue em 2016.

O novo prazo foi anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) nesta terça-feira, 4.

Outra linha da empresa que sofreu alterações no cronograma é a 9-Esmeralda, na sua extensão até Varginha, na zona sul da capital paulista. Isso faz com que ambas estejam dois anos atrasadas.

A administração tucana culpa uma suposta demora na remessa de recursos do governo federal para as duas obras.

Além disso, no caso da Linha 13, que será feita em elevado e conectará a Estação Engenheiro Goulart, na atual Linha 12-Safira, à região do Terminal 4 de Cumbica, o problema de contaminação no terreno do campus da USP Leste, por onde um trecho do ramal passará, contribuiu para a demora.

É o que disse também nesta terça-feira o presidente da CPTM, Mário Bandeira.

"Sempre tínhamos trabalhado com 18 meses (para a conclusão da obra), após todas as interferências e as licenças ambientais concluídas. Passamos por várias áreas de interferência. Tivemos problemas ali com a USP Leste. Não é culpa é nossa e não vou dizer que a culpa é da USP Leste, mas, na realidade, aquela questão do embargo da USP acabou, de uma certa forma, gerando alguns reflexos no nosso projeto."

Ainda segundo o dirigente, na semana que vem ele irá a Brasília para tentar fazer avançar o projeto da transposição da Rodovia Presidente Dutra, na Agênica Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

"Nós temos interferências de travessia junto à(s Rodovias) Ayrton Senna e Dutra e temos que aprovar isso junto às duas agências, a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) e a ANTT. Então, na realidade, 18 meses a gente conta quando nós tivermos todos os projetos e todas as aprovações concluídas. Alguns atrasos aconteceram por força disso."

Questionado se o prazo de 18 meses para a construção da Linha 13 já começou a ser contado, ele disse que sim.

"Já contou, mas acontece que as obras não trabalham de uma forma concatenada."

Em setembro do ano passado, o governador Alckmin havia dito que as obras durariam 18 meses a partir daquela data, quando assinou a ordem de serviços para o início da construção.

Em 2012, o governo prometeu a Linha 13 para 2014.

"Essas duas linhas, tanto a 13 quanto a 9, têm recursos do OGU (Orçamento Geral da União). Só que não chegaram até agora. Então, a nossa parte já acabou. Agora seria a parte federal, estamos esperando assinar nos próximos dias. Então Linha 13 a gente calcula 18 meses (até ficar pronta) e Linha 9, menos tempo, 14 meses", disse Alckmin nesta terça-feira.

De acordo com ele, a extensão da Linha 9 até Varginha, que acrescentará duas estações ao ramal, também deve ser entregue em 2016. "O duro é você começar a obra, porque tem que fazer projeto, licenciamento ambiental, licitação, assinatura de contrato... Agora, está no ritmo que não termina mais. Então, 18 meses a nova linha para Cumbica e 14, 12, 15 meses, nessa faixa, o prolongamento até Varginha (na Linha 9)."

Custos

No ano passado, a gestão Alckmin tinha prometido esse prolongamento de 4,5 km da linha até o fim de 2014.

A previsão do governo do estado é que 110 mil passageiros usem as Estações Mendes-Vila Natal e Varginha quando elas passarem a funcionar.

A obra custará R$ 633 milhões.

Por sua vez, a Linha 13-Jade, até Cumbica, terá 12 km e três estações: Engenheiro Goulart, Guarulhos-Cecap e Aeroporto.

A obra, que seguirá o eixo da Rodovia Hélio Smidt, custará R$ 2,1 bilhões. Ao todo, a expectativa é de 120 mil usuários por dia nesse ramal.

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