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Distância entre Lula e Bolsonaro no 2º turno aumenta de 12 para 17 pontos

Pesquisa EXAME/IDEIA mostra que Lula ampliou a vantagem em relação a Bolsonaro no segundo turno. Se as eleições fossem hoje, o petista teria 48% dos votos e o candidato à reeleição, 31%

O presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula: se as eleições fossem hoje, o petista seria eleito, segundo a pesquisa EXAME/IDEIA (Bolsonaro: Andressa Anholete / Lula: Minas/Bloomberg/Getty Images)
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Gilson Garrett Jr

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 07h00.

Última atualização em 12 de novembro de 2021 às 12h34.

A menos de um ano das eleições presidenciais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a vantagem em relação ao presidente Jair Bolsonaro (que anunciou que irá se filiar ao PL) nas intenções de voto do segundo turno. Se as eleições fossem hoje, o petista teria 48% e o candidato à reeleição, 31%. Em julho, esta distância entre os dois era de 12 pontos percentuais.

Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A sondagem ouviu 1.200 pessoas entre os dias 9 a 11 de novembro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.

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-(Arte/Exame)

A pesquisa EXAME/IDEIA testou possíveis cenários de segundo turno considerando os candidatos com a maior intenção de votos no primeiro turno: Lula e Bolsonaro. Com o petista, foram considerados quatro cenários, além da disputa com o atual presidente. Em todas as simulações, o ex-presidente venceria.

-(Arte/Exame)

Com Bolsonaro, EXAME/IDEIA simulou a votação em dois cenários, além do segundo turno com Lula. Pela primeira vez desde o início da sondagem para 2022, Ciro Gomes (PDT) venceria o atual presidente, com uma margem de 4%. Para Maurício Moura, fundador do IDEIA, apesar de Bolsonaro ter uma parcela fiel de eleitores, reverter este cenário é muito difícil.

"O presidente Jair Bolsonaro tem níveis de aprovação abaixo dos seus pares que tentaram a reeleição: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No terceiro ano de mandato, todos tinham um patamar de aprovação acima de 30% e menor rejeição. E, para serem reeleitos, precisaram melhorar sua performance de popularidade no ano eleitoral. No caso de Bolsonaro, essa recuperação teria de ser recorde”, explica.

-(Arte/Exame)

Primeiro turno com Ciro e Moro mais fortes na 3ª via

Na sondagem de primeiro turno, Lula também lidera todos os cenários. Na pesquisa estimulada (quando os candidatos são apresentados previamente), o ex-presidente tem 35% das intenções de voto, Bolsonaro aparece com 25%, seguido de Ciro Gomes, com 7%, e Sergio Moro (Podemos), com 5%.

Maurício Moura explica que Lula mantém uma vantagem considerável em classes de renda mais baixa, e no Nordeste - que chega a 46% das intenções de voto em um cenário de primeiro turno.

“Apesar disso, a variável mais relevante é a intenção de voto espontânea [ quando não são apresentadas alternativas ]. Esses são os respondentes que concentram os eleitores mais fiéis de Lula e de Bolsonaro. E é esse o dado que ainda mostra uma desconexão de grande parte do eleitorado, com quase 45% que não conseguem verbalizar um nome sequer de um presidenciável”, afirma.

-(Arte/Exame)

O ex-juiz Sergio Moro se filiou ao Podemos na última quinta-feira, 10. Em seu discurso, ele falou de combate à corrupção. Sem mencionar que é candidato especificamente à presidência, o tom da fala foi carregada de símbolos de um postulante ao Palácio do Planalto.

Em entrevista ao UOL, o senador do Podemos pelo Paraná (terra de Moro), Álvaro Dias, garantiu que o ex-ministro de Bolsonaro será candidato a chefe do Executivo nacional.

 

Desaprovação de Bolsonaro acima de 50%

A desaprovação do presidente se manteve acima dos 50% em relação à última pesquisa. Entre os entrevistados, 54% acham o governo de Jair Bolsonaro ruim ou péssimo. A parcela que mais avalia negativamente o presidente está nos jovens de 16 a 29 anos (58%), no Nordeste (61%), e nas classes D e E (60%).

“A nossa experiência de opinião pública mostra que é muito improvável reverter esse cenário. Além disso, 64% dos brasileiros acreditam que o presidente não merece continuar no cargo. Um número bastante superlativo e que mostra o grau de dificuldade de reeleição”, diz Maurício Moura.

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