Exame Logo

Dirigente do COL minimiza problemas no Itaquerão

Ricardo Trade minimizou os problemas de acesso ao estádio, as obras ainda em execução e o fato de 28 mil lugares não terem sido testados

Voluntária orienta os torcedores durante partida no Itaquerão, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 13h42.

Rio - "Nós estamos bem satisfeitos." Foi com o tradicional otimismo que o principal executivo do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo , Ricardo Trade, definiu nesta segunda-feira o resultado do segundo e último evento teste realizado no Itaquerão, palco da abertura da Copa.

Ele minimizou os problemas de acesso ao estádio , as obras ainda em execução e o fato de 28 mil lugares não terem sido testados durante o jogo entre Corinthians e Botafogo, no domingo, pelo Brasileirão.

"Fui (ao estádio), observei, conversei com as pessoas. Não sou uma pessoa de ficar sentada, tive reuniões. E a avaliação que nós tivemos... Principalmente destacar a entrada de público novamente vindo em sua maioria por transporte público, nos modais de metrô e trem. Isso nos traz um orgulho danado de que nós estamos no caminho correto de trabalhar o transporte público para o evento", afirmou Trade.

Ele também procurou demonstrar tranquilidade com as obras que ainda estão sendo feitas no estádio que, em dez dias, receberá a partida de abertura da Copa, entre Brasil e Croácia.

"Claro que um pingo de água aqui, torneira ali, uma coisa que possa haver... É assim que são feitos os testes", minimizou.

"Para nós, (os testes) foram importantes, mas nós continuamos lá, estamos trabalhando. Falei com o Andrés (Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e principal responsável no clube pelo estádio), hoje pela manhã, já falei com o pessoal que está fazendo as estruturas complementares pela manhã, estamos trabalhando, nossas equipes estão lá, começam a chegar todas as câmeras, começa a se montar o palco.

Significa que nós podemos lá dentro mesmo realizar alguns testes, umas ações, que você possa compensar não ter tido a entrega em dezembro", disse o dirigente do COL.

Trade, porém, demonstrou impaciência quando questionado sobre o fato de o Itaquerão não ter sido testado com sua capacidade total.

"Esquece isso. Está excelente isso, já falei para vocês: 40 mil pessoas em todos os dois jogos para nós foi suficiente", afirmou o executivo, lembrando que o estádio também recebeu Corinthians x Figueirense, no dia 18 de maio, com público reduzido.

"Você testa, como nós testamos em vários estádios, às vezes ele cheio, às vezes nem tão cheio. Neste momento, a gente testou com 40 mil, o que para nós e para a cidade e para o Estado foi tremendamente suficiente. Nós estamos bem satisfeitos. Não ponham isso em dúvida de nossa parte, do que nós estamos fazendo. Nós estamos alinhados com o governo e com a cidade e para nós foi suficiente", garantiu Trade.

São Paulo - Embora a construção ou a reforma de estádios para a Copa do Mundo seja encarada como um dos legados que o Mundial deixará para o país, é inegável que as 12 arenas só estão prontas (ou quase) agora por causa do grande evento de junho. Não fosse isso, sabe-se lá quando o Brasil teria estádios modernos - cujos projetos foram feitos, aliás, de forma a atender ao padrão Fifa, que determina, entre outras coisas, o tamanho mínimo daqueles que podem ser palco de jogos especiais, como a abertura e a final.A partir destas considerações, EXAME.com levantou o custo das obras e dividiu pelo número total de jogos que cada estádio vai receber daqui a cerca de três meses. Chega-se, assim, às partidas mais caras da Copa.Sob esta perspectiva, cada jogo no Mané Garrincha, em Brasília , sairá por R 200 milhões.É preciso considerar que esta conta por jogo não inclui nenhum outro gasto além dos colocados diretamente nos estádios. Somados, o custo de todos eles ultrapassou R$ 8 bilhões, mas nem tudo é verba pública.Especialistas temem que alguns dos estádios se tornem elefantes brancos após a Copa, principalmente em lugares sem tradição futebolística. O governo defende, porém, que eles são agora arenas multiuso e que serão economicamente viáveis ao receber, além de jogos de futebol , shows e eventos.  O Mané Garrincha, por exemplo, já recebeu 5 eventos (3 shows internacionais entre eles) desde que foi inaugurado em maio de 2013 (além das partidas de futebol). Atualizado dia 11/3, às 11h45
  • 2. 1º Mané Garrincha (Brasília) - R$ 200 milhões por jogo

    2 /13(Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)

  • Veja também

    Custo do estádio: R$ 1,4 bilhão Número de jogos: 7 (incluindo um nas oitavas, semi final e disputa pelo 3º lugar) Jogos da 1ª fase: Suíça x Equador, Colômbia x Costa do Marfim, Camarões x Brasil, Portugal x Gana.
  • 3. 2º Maracanã (Rio de Janeiro) - R$ 170 milhões por jogo

    3 /13(Tânia Rego/ABr)

  • Custo do estádio: R$ 1,19 bilhão Número de jogos: 7 jogos (incluindo um nas oitavas, semi-final e a grande final) Jogos da 1ª fase: Argentina x Bósnia e Herzegovina, Espanha x Chile, Bélgica x Rússia, Equador x França
  • 4. 3º Arena da Amazônia (Manaus) - R$ 167,3 milhões por jogo

    4 /13(REUTERS/Bruno Kelly)

    Custo do estádio: R$ 669,5 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Inglaterra x Itália, Camarões x Croácia, EUA x Portugal, Honduras x Suiça
  • 5. 4º Arena Pantanal (Cuiabá) - R$ 142,5 milhões

    5 /13(REUTERS/Stringer)

    Custo do estádio: R$ 570 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Chile x Austrália, Rússia x Coréia do Sul, Nigéria x Bósnia e Herzegovina, Japão x Colômbia.
  • 6. 5º Arena Corinthians (São Paulo) - R$ 136,6 milhões por jogo

    6 /13(Divulgação/ Odebrecht)

    Custo do estádio: R$ 820 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e uma semi-final) Jogos da 1ª fase: Brasil x Croácia, Uruguai x Inglaterra, Holanda x Chile, Coréia do Sul x Bélgica
  • 7. 7º Arena Pernambuco (Recife) - R$ 106,5 milhões por jogo

    7 /13(REUTERS/Ricardo Moraes)

    Custo do estádio: 532,6 milhões Número de jogos: 5 (incluindo uma oitava de final) Jogos da 1ª fase: Costa do Marfim x Japão, Itália x Costa Rica, Croácia x México, EUA x Alemanha.
  • 8. 8º Arena das Dunas (Natal) - R$ 100 milhões por jogo

    8 /13(Portal da Copa)

    Custo do estádio: R$ 400 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: México x Camarões, Gana x EUA, Japão x Grécia, Itália x Uruguai
  • 9. 9º Arena Fonte Nova (Salvador) - R$ 98,6 milhões por jogo

    9 /13(Governo Federal/Portal da Copa)

    Custo do estádio: R$ 591,7 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e um nas quartas-de-final) Jogos da 1ª fase: Espanha x Holanda, Alemanha x Portugal, Suiça x França, Bósnia e Herzegovina x Irã
  • 10. 10º Arena Castelão (Fortaleza) - R$ 96,4 milhões por jogo

    10 /13(Danilo Borges/Portal da Copa)

    Custo do estádio: R$ 518,6 milhões Número de jogos:6 (incluindo um nas oitavas e um nas quartas-de-final) Jogos da 1ª fase: Uruguai x Costa Rica, Brasil x México, Alemanha x Gana, Grécia x Costa do Marfim.
  • 11. 11º Arena da Baixada (Curitiba) - R$ 82,5 milhões por jogo

    11 /13(Divulgação/ CAP)

    Custo do estádio: R$ 330 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Irã x Nigéria, Honduras x Equador, Austrália x Espanha, Argélia x Rússia.
  • 12. 12º Beira-Rio (Porto Alegre) - R$ 66 milhões por jogo

    12 /13(Evandro Oliveira/PMPA)

    Custo do estádio:R$ 330 milhõesNúmero de jogos: 5 (incluindo um das oitavas de final)Jogos da 1ª fase: França x Honduras, Austrália x Holanda, Coréia do Sul x Argélia, Nigéria x Argentina
  • 13. Veja agora quais são os estádios da Copa que mais utilizaram recursos públicos

    13 /13(Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)

  • Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesEstádiosFutebolItaquerão

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Brasil

    Mais na Exame