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Dirceu se entrega à PF para cumprir pena de 30 anos e 9 meses

Petista vai começar a cumprir a pena por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa

José Dirceu: ex-ministro se entregou à Justiça, na tarde desta sexta-feira, 18 (Vagner Rosário/VEJA)

José Dirceu: ex-ministro se entregou à Justiça, na tarde desta sexta-feira, 18 (Vagner Rosário/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2018 às 14h43.

Última atualização em 1 de novembro de 2018 às 16h35.

São Paulo - O ex-ministro José Dirceu se entregou à Justiça, na tarde desta sexta-feira, 18. Por volta das 14h, o petista estava no Instituto Médico-Legal (IML), em Brasília, para exames de praxe. De lá, Dirceu deverá ser levado para o penitenciária da Papuda.

O petista vai começar a cumprir a pena de 30 anos, nove meses e dez dias por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, alvo da Operação Lava Jato.

A denúncia acusou Dirceu de receber parte das propinas da empreiteira Engevix à Diretoria de Serviços da Petrobras entre 2005 e 2014. O ex-ministro teria levado R$ 10,2 milhões.

Dirceu tinha até as 17h para se apresentar à Polícia Federal. A ordem foi dada pela juíza Gabriela Hardt, substituta do juiz Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal, em Curitiba.

No início da tarde da quinta-feira, 17, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou um recurso decisivo do petista e abriu caminho para Dirceu ser preso. Após a decisão da Corte de apelação da Lava Jato, a juíza mandou prender o ex-ministro.

Gabriela Hardt ordenou também a transferência de José Dirceu para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, onde estão outros presos da Lava Jato, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Zé Dirceu, fundador do PT, foi o ministro mais poderoso do primeiro governo Lula, mas acabou condenado no processo do mensalão - 7 anos e onze meses de reclusão por lavagem de dinheiro.

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