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Dino rejeita pedido do Senado para liberar emendas de comissão

Ministro do STF estabeleceu exceção para valores que já tenham sido empenhados antes de 23 de dezembro

Sessão da Primeira Turma e eleição do Ministro Zanin como novo presidente da turma - 10/09/2024 Ministro Flavio Dino em sessão da Primeira Turma. Foto: Gustavo Moreno/STF (Gustavo Moreno/STF/Flickr)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 18h48.

Última atualização em 30 de dezembro de 2024 às 19h16.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), rejeitou nesta segunda-feira, 30, um pedido do Senado e determinou que estão bloqueadas as emendas de comissão indicadas pelos senadores.

Dino abriu uma exceção e manteve a validade de emendas empenhadas antes do dia 23 de dezembro, mas desde que não constem em um ofício enviado no dia 18 pelo Senado ao governo federal, que foi considerado nulo.

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Mais cedo, o Senado havia afirmado, em petição direcionada a Dino, que cumpriu as exigências de transparência na indicação de emendas de comissão. Por isso, solicitou que o ministro autorizasse o Executivo a empenhar os valores indicados por seus membros até o fim do ano, na terça-feira.

Dino afirmou, no entanto, que não foram apresentadas as atas das indicações, e por isso questionou: "como empenhar uma 'emenda de comissão' cuja indicação do beneficiário e o valor a ser a ele repassado não foram aprovados pela Comissão?".

Para o ministro, essa exigência é importante porque "todos os senhores senadores são iguais no que se refere ao emendamento no processo legislativo orçamentário", e não caberia apenas aos líderes partidários fazer a indicação das emendas.

Dino ainda negou que o STF esteja invadindo a competência do Legislativo e disse que a Corte está apenas fiscalizando o cumprimento de regras aprovadas pelo próprio Congresso. Isso porque uma resolução do Congresso, de 2006, determina que as emendas de comissão devem ser "apresentadas juntamente com a ata da reunião que decidiu por sua apresentação".

Na semana passada, o ministro já havia suspendido a execução de R$ 4,2 bilhões de emendas indicadas pela Câmara. Em decisão no domingo, o ministro manteve o bloqueio, mas abriu algumas exceções.

A Câmara, contudo, alegou na sexta-feira que o Senado havia utilizado o mesmo procedimento na indicação das emendas. Por isso, o ministro do STF havia solicitado no domingo uma manifestação da Casa Legislativa.

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