Dilma se desvincula de denúncias de corrupção, diz CNI
A lembrança dos participantes da Operação Porto Seguro, ação da PF que indiciou a ex-assessora Rosemary Noronha, não teve grande impacto na confiança da presidente
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 13h43.
Brasília - As denúncias de corrupção , lembradas por 35% dos entrevistados na pesquisa CNI/Ibope, divulgada na manhã desta sexta-feira, não se relacionam diretamente com o governo de Dilma Rousseff. A afirmação é do gerente executivo de Pesquisas da Confederação Nacional da Indústria, Renato Fonseca.
Segundo ele, a lembrança de 10% dos participantes da Operação Porto Seguro, ação da Polícia Federal que indiciou a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha, não teve grande impacto na confiança da presidente. "Talvez pela resposta rápida da demissão dos envolvidos." disse em entrevista à imprensa. A confiança da presidente Dilma Rousseff, entre o levantamento atual e o anterior, permaneceu estável em 73%.
Os entrevistados disseram que, nos últimos três meses, o assunto mais lembrado foi o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, com 23% de citação. Em terceiro lugar, empatados em 10%, vieram a Operação Porto Seguro e o caso envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira, alvo de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Educação, saúde e segurança
O governo precisa melhorar saúde, educação e segurança se quiser aumentar sua popularidade. Na análise do economista, apesar da piora desses indicadores, não houve deterioração da avaliação geral do governo Dilma. "Saúde, segurança e educação têm uma divisão entre os três níveis do governo. A população está mais próxima do nível municipal, e as eleições trouxeram essas discussões mais vivas, afetando a evolução dessas variáveis."
Conforme a pesquisa CNI/Ibope, a reprovação da população em relação ao governo Dilma aumentou nessas áreas em dezembro na comparação com setembro, último levantamento. No caso de saúde, a reprovação pulou de 65% para 74%. A educação saiu de 51% para 56% e a segurança pública, de 57% para 68%.
Em contrapartida, o executivo ressaltou que as políticas sociais seguem como o carro chefe da atual gestão. Por isso, de acordo com ele, a população ainda avalia o segundo ano do governo Dilma como positivo, bem como a atuação da presidente. "Os resultados mostram estabilidade na confiança", resumiu.
Comparação com Lula
Na comparação com governo Lula, os números seguem, tecnicamente, iguais aos das pesquisas anteriores. O economista salientou, porém, a tendência de aumento da avaliação de que o governo Dilma é melhor do que o de seu antecessor, ao mesmo tempo que há uma tendência de queda entre os que o consideram pior. "Eles estão se encontrando e a tendência é de inverter, mas vem evoluindo muito devagar."
Fonseca informou ainda que os dados relativos ao Nordeste chamam atenção na comparação. Para os nordestinos, somente 13% veem a presidente como melhor do que Lula ante média nacional de 19%. No Sudeste, o índice é de 21% e, no Sul, de 23%. "Claramente há maior saudade do governo Lula na região Nordeste."
Brasília - As denúncias de corrupção , lembradas por 35% dos entrevistados na pesquisa CNI/Ibope, divulgada na manhã desta sexta-feira, não se relacionam diretamente com o governo de Dilma Rousseff. A afirmação é do gerente executivo de Pesquisas da Confederação Nacional da Indústria, Renato Fonseca.
Segundo ele, a lembrança de 10% dos participantes da Operação Porto Seguro, ação da Polícia Federal que indiciou a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha, não teve grande impacto na confiança da presidente. "Talvez pela resposta rápida da demissão dos envolvidos." disse em entrevista à imprensa. A confiança da presidente Dilma Rousseff, entre o levantamento atual e o anterior, permaneceu estável em 73%.
Os entrevistados disseram que, nos últimos três meses, o assunto mais lembrado foi o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, com 23% de citação. Em terceiro lugar, empatados em 10%, vieram a Operação Porto Seguro e o caso envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira, alvo de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Educação, saúde e segurança
O governo precisa melhorar saúde, educação e segurança se quiser aumentar sua popularidade. Na análise do economista, apesar da piora desses indicadores, não houve deterioração da avaliação geral do governo Dilma. "Saúde, segurança e educação têm uma divisão entre os três níveis do governo. A população está mais próxima do nível municipal, e as eleições trouxeram essas discussões mais vivas, afetando a evolução dessas variáveis."
Conforme a pesquisa CNI/Ibope, a reprovação da população em relação ao governo Dilma aumentou nessas áreas em dezembro na comparação com setembro, último levantamento. No caso de saúde, a reprovação pulou de 65% para 74%. A educação saiu de 51% para 56% e a segurança pública, de 57% para 68%.
Em contrapartida, o executivo ressaltou que as políticas sociais seguem como o carro chefe da atual gestão. Por isso, de acordo com ele, a população ainda avalia o segundo ano do governo Dilma como positivo, bem como a atuação da presidente. "Os resultados mostram estabilidade na confiança", resumiu.
Comparação com Lula
Na comparação com governo Lula, os números seguem, tecnicamente, iguais aos das pesquisas anteriores. O economista salientou, porém, a tendência de aumento da avaliação de que o governo Dilma é melhor do que o de seu antecessor, ao mesmo tempo que há uma tendência de queda entre os que o consideram pior. "Eles estão se encontrando e a tendência é de inverter, mas vem evoluindo muito devagar."
Fonseca informou ainda que os dados relativos ao Nordeste chamam atenção na comparação. Para os nordestinos, somente 13% veem a presidente como melhor do que Lula ante média nacional de 19%. No Sudeste, o índice é de 21% e, no Sul, de 23%. "Claramente há maior saudade do governo Lula na região Nordeste."