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Dilma reunirá PT e PMDB para analisar quadro político

A reunião entre a cúpula dos dois partidos, incluindo seus líderes na Câmara e no Senado, servirá para debater vários tema


	Presidente Dilma Rousseff: petistas comemoram o fato de o partido ser o campeão de votos na disputa e os peemedebistas festejam ter eleito o maior número de prefeitos.
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidente Dilma Rousseff: petistas comemoram o fato de o partido ser o campeão de votos na disputa e os peemedebistas festejam ter eleito o maior número de prefeitos. (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 21h14.

Brasília - As cúpulas de PT e PMDB devem se reunir nos próximos dias a pedido da presidente Dilma Rousseff para analisar o cenário político para a coalizão governista após as eleições municipais, disse à Reuters uma fonte do governo nesta segunda-feira, depois de uma reunião entre Dilma e o vice-presidente Michel Temer.

Na conversa desta segunda, além de acertarem o encontro, os dois avaliaram que o resultado das eleições municipais foi positivo para a base aliada, em especial para PT e PMDB. Os petistas comemoram o fato de o partido ser o campeão de votos na disputa e os peemedebistas festejam ter eleito o maior número de prefeitos.

Segundo essa fonte do governo, que falou sob condição de anonimato, a reunião entre a cúpula dos dois partidos, incluindo seus líderes na Câmara e no Senado, servirá para debater vários temas, inclusive a sucessão no comando das duas Casas do Congresso.

PT e PMDB têm um acordo que prevê a alternância na presidência da Câmara, e o atual líder da bancada peemedebista, Henrique Eduardo Alves (RN), deve suceder o petista Marco Maia (RS) no comando da Casa.


No Senado, porém, o acordo não é válido e por ter a maior bancada de senadores o PMDB deve indicar o sucessor do presidente José Sarney (PMDB-AP). Os peemedebistas ainda não definiram quem será o sucessor, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que era o preferido da presidente para o cargo, não deve retornar ao Senado para assumir o comando da Casa, segundo disse à Reuters um peemedebista sob condição de anonimato.

A fonte do governo afirmou ainda que Dilma e Temer não trataram de mudanças nos ministérios que devem ocorrer nos próximos meses.

Uma fonte do Palácio do Planalto, que também pediu para não ter seu nome revelado, disse que as mudanças nos ministérios serão pontuais, mas que a presidente ainda não definiu quais peças serão modificadas.

A tendência é que o PSD, partido criado há pouco mais de um ano pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e que conquistou 497 prefeituras nesse pleito, seja acomodado na nova configuração do primeiro escalão do governo federal.

Contudo, segundo essa fonte, Dilma ainda não revelou que mudanças fará no seu ministério e nem quando isso ocorrerá.

Essa fonte do Palácio do Planalto afirmou ainda que na avaliação da presidente as disputas municipais não resultaram em problemas para a unidade da base aliada no Congresso, o que pode facilitar a aprovação das medidas provisórias e temas polêmicos, como uma nova regra para distribuição de royalties do petróleo até o final do ano.

O crescimento do PSB nessa disputa municipal é acompanhada de perto pelo Palácio do Planalto, segundo essa fonte, e a presidente ainda aguarda os próximos movimentos da legenda, que historicamente se alia ao PT, para saber qual o tamanho das ambições dos socialistas após conquistar 450 prefeituras, entre elas cinco capitais.

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