Dilma repudia uso da força para conter manifestações
A presidente se mostrou contrária ao uso da força contra populações civis
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 18h46.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff se colocou contrária às intervenções militares ocorridas nos países do Oriente Médio e do Norte da África, envolvidos em conflitos civis desde o ano passado, em uma série de revoltas conhecida como Primavera Árabe. "Repudiamos com veemência as repressões brutais que vitimam populações civis. Estamos convencidos de que, para a comunidade internacional, o recurso da força deve ser sempre a última alternativa", destacou Dilma ao discursar na abertura da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.
Dilma defende uma atuação mais eficaz do Conselho de Segurança da ONU na solução desses conflitos. "E preciso que as nações aqui reunidas encontrem uma forma legítima e eficaz de ajudar as sociedades que clamam por reformas, sem retirar de seus cidadãos a condução do processo. A busca da paz e da segurança no mundo não pode se limitar a intervenções em situações extremas."
Os protestos no mundo árabe ocorrem contra governos de países como a Tunísia, o Egito, a Líbia, Síria, e o Iêmen, além de conflitos de menor proporção no Kuwait, Líbano, na Mauritânia, no Marrocos, na Arábia Saudita, no Sudão e no Saara Ocidental.
Em contraponto à posição norte-americana de intervir militarmente em alguns desses países, a presidenta Dilma disse que o Brasil é adepto da solução proposta pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que defende a "prevenção de conflitos". "Apoiamos o secretário-geral em seu esforço de engajar as Nações Unidas na prevenção de conflitos por meio do exercício incansável da democracia e da promoção do desenvolvimento", destacou a presidenta Dilma que repudiou a política externa desenvolvida pelos Estados Unidos.
"O mundo sofre hoje as dolorosas consequências de intervenções que agravaram os conflitos possibilitando a infiltração do terrorismo onde ele não existia, inaugurando novos ciclos de violência, multiplicando números de vítimas civis. Muito se fala sobre a possibilidade de protegê-los, pouco se fala sobre a responsabilidade ao protegê-lo. São conceitos que precisamos amadurecer juntos", ressaltou Dilma.
Ela destacou a atuação brasileira na recepção de imigrantes dessas áreas de conflito. "Desde o final de 2010 assistimos a uma sucessão de manifestações populares que se convencionou nominar Primavera Árabe. O Brasil é pátria de adoção de muitos imigrantes daquela parte do mundo. Os brasileiros se solidarizam com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma cultura porque é universal: a liberdade."
Brasília - A presidente Dilma Rousseff se colocou contrária às intervenções militares ocorridas nos países do Oriente Médio e do Norte da África, envolvidos em conflitos civis desde o ano passado, em uma série de revoltas conhecida como Primavera Árabe. "Repudiamos com veemência as repressões brutais que vitimam populações civis. Estamos convencidos de que, para a comunidade internacional, o recurso da força deve ser sempre a última alternativa", destacou Dilma ao discursar na abertura da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.
Dilma defende uma atuação mais eficaz do Conselho de Segurança da ONU na solução desses conflitos. "E preciso que as nações aqui reunidas encontrem uma forma legítima e eficaz de ajudar as sociedades que clamam por reformas, sem retirar de seus cidadãos a condução do processo. A busca da paz e da segurança no mundo não pode se limitar a intervenções em situações extremas."
Os protestos no mundo árabe ocorrem contra governos de países como a Tunísia, o Egito, a Líbia, Síria, e o Iêmen, além de conflitos de menor proporção no Kuwait, Líbano, na Mauritânia, no Marrocos, na Arábia Saudita, no Sudão e no Saara Ocidental.
Em contraponto à posição norte-americana de intervir militarmente em alguns desses países, a presidenta Dilma disse que o Brasil é adepto da solução proposta pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que defende a "prevenção de conflitos". "Apoiamos o secretário-geral em seu esforço de engajar as Nações Unidas na prevenção de conflitos por meio do exercício incansável da democracia e da promoção do desenvolvimento", destacou a presidenta Dilma que repudiou a política externa desenvolvida pelos Estados Unidos.
"O mundo sofre hoje as dolorosas consequências de intervenções que agravaram os conflitos possibilitando a infiltração do terrorismo onde ele não existia, inaugurando novos ciclos de violência, multiplicando números de vítimas civis. Muito se fala sobre a possibilidade de protegê-los, pouco se fala sobre a responsabilidade ao protegê-lo. São conceitos que precisamos amadurecer juntos", ressaltou Dilma.
Ela destacou a atuação brasileira na recepção de imigrantes dessas áreas de conflito. "Desde o final de 2010 assistimos a uma sucessão de manifestações populares que se convencionou nominar Primavera Árabe. O Brasil é pátria de adoção de muitos imigrantes daquela parte do mundo. Os brasileiros se solidarizam com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma cultura porque é universal: a liberdade."