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Dilma receberá presidente sul-coreana para tratar de mercado

Fontes diplomáticas brasileiras explicaram que a visita de Park é vista como uma oportunidade para ampliar negócios com a Coreia do Sul


	Fontes diplomáticas brasileiras explicaram que a visita de Park é vista como uma oportunidade para ampliar negócios com a Coreia do Sul
 (Chung Sung-Jun/Staff)

Fontes diplomáticas brasileiras explicaram que a visita de Park é vista como uma oportunidade para ampliar negócios com a Coreia do Sul (Chung Sung-Jun/Staff)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2015 às 14h43.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff receberá na sexta-feira, em Brasília, a líder da Coreia do Sul, Park Geun-hye, com quem discutirá alternativas para atrair mais investimentos ao país e impulsionar o comércio.

Fontes diplomáticas brasileiras explicaram que a visita de Park é vista como uma oportunidade para ampliar negócios com a Coreia do Sul, país cujo comércio bilateral chegou a US$ 12,4 bilhões no ano passado, com a balança desfavorável para lado brasileiro em cerca de US$ 4 bilhões.

O Brasil tem uma grande necessidade de potencializar as exportações, depois que a balança comercial acumulou um déficit de US$ 5,557 bilhões no primeiro trimestre deste ano, após fechar 2014 com um saldo negativo de US$ 3,93 bilhões.

O subsecretário-geral Político do Itamaraty, José Alfredo Graça Lima, explicou que o Brasil tentará buscar alternativas para permitir a entrada da carne de porco produzida em Santa Catarina no mercado sul-coreano.

O estado é o principal produtor carne de porco do país e conta com as certificações internacionais necessárias para exportar, mas estas não são extensivas ao restante do Brasil, o que é um requisito exigido pela Coreia do Sul para abrir seu mercado de carne.

Outro ponto interessante para o Brasil, segundo o embaixador, passa pelos investimentos coreanos, que atualmente chegam a aproximadamente US$ 3,8 bilhões.

Cerca de 80% desse investimento está concentrado no setor de automóveis, mas as empresas sul-coreanas também estão presentes em áreas de alta tecnologia e siderurgia, nas quais o diplomata explicou que existem "novas oportunidades" de negócios.

Assim como ocorre com o comércio, o Brasil precisa aumentar o investimento estrangeiro com a meta de garantir o emprego e o desenvolvimento de obras de infraestrutura em meio a uma delicada situação econômica, que pode levar ao país a fechar este ano com uma contração de aproximadamente 1%.

Park chegará a Brasília procedente de Santiago do Chile, a terceira escala de uma viagem pela América do Sul que já passou por Colômbia e Peru.

A presidente sul-coreana será recebida amanhã por Dilma, com quem também discutirá diversas iniciativas para fortalecer a cooperação bilateral nas áreas de tecnologia da informação, saúde e educação.

Após um almoço que Dilma oferecerá a Park e sua delegação, a presidente sul-coreana partirá rumo a São Paulo, onde participará de um seminário organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e se reunirá com representantes da comunidade sul-coreana no país, formada por cerca de 50 mil pessoas.

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