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Dilma recebe no Rio solidariedade de Pezão e Paes

O governador e o prefeito do Rio, ambos do PMDB, prometeram neste domingo apoio e parceria à petista


	Dilma Rousseff, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (d), e o governador Luiz Fernando Pezão durante cerimônia de Inauguração do Túnel Rio 450
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (d), e o governador Luiz Fernando Pezão durante cerimônia de Inauguração do Túnel Rio 450 (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2015 às 08h02.

Rio - Em um momento de dificuldades políticas para o governo da presidente Dilma Rousseff, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o governador Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB, prometeram neste domingo apoio e parceria à petista.

Dilma, que tenta aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso Nacional e vive uma relação conturbada com o PMDB, ouviu palavras de solidariedade dos dois peemedebistas.

A presidente participou de dois eventos que marcaram os festejos pelos 450 anos da cidade, a inauguração do túnel Rio 450 e uma festa no Palácio da Cidade, onde um grupo de cerca de 20 pessoas fez protesto contra o governo.

Na segunda cerimônia, ela também encontrou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerado desafeto do Palácio do Planalto. Cunha disse ao Estado por telefone, ao fim do evento, ter conversado sobre "amenidades" com Dilma e com Pezão.

Na inauguração do túnel, Paes fez vários elogios à presidente. "Neste momento em que as pessoas são tão agudas nas suas críticas, é importante registrar que o Rio está passando por este momento graças a uma coisa chamada parceria", disse o prefeito.

"Quero que saiba que, aqui no Rio de Janeiro, a senhora tem parceiros, companheiros, amigos, pessoas que vão permanentemente apoiá-la para as transformações que têm que ser feitas no Brasil", discursou Eduardo Paes.

As demonstrações de solidariedade ocorreram poucos dias depois de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter qualificado como "capenga" a coalizão de apoio a Dilma.

Na semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou líderes peemedebistas para tentar reduzir o desgaste entre eles e a presidente.

Parceria.

Dilma percorreu os 1.480 metros do túnel Rio 450, que liga o centro ao bairro da Gamboa, na zona portuária, em um carro aberto. Depois, a presidente descerrou a placa comemorativa da inauguração e, em discurso, lembrou a parceria de União, Estado e município, inclusive nas obras de revitalização do porto.

Para a presidente, as transformações recentes do Rio vão unir os moradores de alta e de baixa renda.

"Sempre buscamos acabar com a divisão morro-litoral. Essa era uma divisão social também. As gestões de Eduardo Paes e Pezão buscam a unidade da cidade", afirmou.

Nas eleições de 2014, o PMDB do Rio rachou e grande parte da legenda apoiou o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Paes e Pezão fizeram campanha para Dilma. No início do ano, os dois peemedebistas foram cabos eleitorais da campanha de Eduardo Cunha na Câmara.

Manifestações

A passagem da presidente pelo Rio de Janeiro contou com admiradores e críticos. Um grupo de cinco apoiadores de Dilma foi até o local da inauguração, na Gamboa, mas não conseguiu se aproximar da presidente.

Eles levaram duas bandeiras da campanha presidencial do PT. "Viva a presidente, nada de golpe", gritavam, em referência a movimentos pelo impeachment da presidente que ocorrem nas redes sociais.

Um protesto contra Dilma aconteceu no fim da tarde, no Palácio da Cidade. Liderados pelo Movimento Brasil Livre RJ, manifestantes levaram cartazes com dizeres como "Fora Dilma, fora PT".

Eles gritavam palavras em protesto aos escândalos envolvendo a Petrobras. Algumas pessoas vestiam camisetas com a inscrição "Petrobras, Operação Lava Jato", lembrando a investigação de corrupção na estatal, deflagrada em março de 2014. Entre os investigados, estão ex-dirigentes da estatal, políticos e empreiteiros.

Alguns moradores próximos ao palácio sede do governo se juntaram aos manifestantes. Para Pedro Souto, um dos coordenadores do movimento, o ato de ontem pretendia contestar a "corrupção do atual governo". Foi lembrada, ainda, a alta das tarifas de energia.

"Presente da Dilma pelos 450 anos do Rio é aumento de 22, 5% da luz", afirmou Souto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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