Brasil

Dilma quer entregar Luz Para Todos a 3,37 mi de famílias

Até agora, o país investiu mais de R$ 20 bilhões nessa iniciativa, que atende atualmente 3,1 milhões de famílias


	Dilma Rousseff: a ideia é que nenhuma família brasileira fique sem energia elétrica
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: a ideia é que nenhuma família brasileira fique sem energia elétrica (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 12h59.

Brasília - O programa "Luz para Todos" completou dez anos este mês com o saldo de 15 milhões de pessoas atendidas nas áreas rurais do país inteiro, o que representa 3,1 milhões de famílias. Até agora, o país investiu mais de R$ 20 bilhões nessa iniciativa, destacou Dilma Rousseff na edição desta segunda-feira (18) do programa semanal de rádio "Café com a Presidenta".

Mas o objetivo é mais ambicioso. "Nossa meta agora é chegar, até o final do meu governo, a 3,37 milhões de famílias atendidas", disse hoje.

Dilma lembrou que era ministra de Minas e Energia no governo Lula quando o "Luz para Todos" foi lançado, então com a meta de atender 2 milhões de famílias.

"À medida que as distribuidoras de energia chegavam nos lugares mais distantes para fazer as ligações, fomos descobrindo que havia mais famílias sem luz do que os dados do censo do ano de 2000 indicavam. Então descobrimos mais 1 milhão de famílias que precisavam ser atendidas", revelou.

Foi assim que o objetivo foi revisado e que o programa passou a ter a meta de atender 3,37 milhões de famílias. A ideia é que nenhuma família brasileira fique sem energia elétrica.

A presidente argumentou que os lugares mais distantes e isolados do Brasil passaram a contar com dignidade e prosperidade. "As casas beneficiadas agora podem ter uma geladeira, um chuveiro elétrico, uma televisão, uma máquina de lavar, um liquidificador e todos os outros eletrodomésticos que dão conforto a todos nós", afirmou.

Mas Dilma lembrou que o "Luz para Todos" também garante melhores condições de vida para toda a comunidade que é atendida pelo programa.


"As escolas começaram a funcionar de noite, os postos de saúde passaram a armazenar vacinas e soros, e até a saúde da população melhorou porque, entre outras coisas, o alimento não precisa mais ser conservado no sal, pode-se ter uma geladeira ou um freezer. Nas pequenas comunidades rurais deste País, o agricultor agora pode ter um resfriador de leite, um moinho ou uma bomba-d'água", declarou.

Balanço

Segundo Dilma, em 2010 o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que mais 716 mil famílias ainda viviam sem energia elétrica no Brasil. Mais da metade dessas 716 mil famílias já foi contemplada. Agora o desafio é levar luz elétrica às 280 mil famílias restantes.

A presidente alertou que, muitas vezes, é preciso atravessar florestas e rios carregando postes, fios e transformadores no lombo de burros, em canoas ou até em helicópteros, passando cabos por baixo da água dos rios e do mar. Dilma citou que o "Luz para Todos" já instalou 88 quilômetros de cabos subaquáticos, em rios e no mar.

Em locais onde não há como estruturar uma rede elétrica com postes, as empresas estaduais de energia montam sistemas que aliam energia solar e energia eólica.

"No caso desses dois sistemas não darem conta de gerar toda a energia que a comunidade precisa, ela é complementada por geradores a diesel", destacou. No interior do Amazonas, citou Dilma, foi montado um sistema de 12 miniusinas de energia solar para garantir luz elétrica a 220 famílias nos municípios de Novo Airão, Eirunepé, Barcelos, Autazes, Maués e Beruri.

Os custos da instalação desses sistemas são pagos, na maior parte, pelo governo federal, explicou a presidente. Uma pequena parte é complementada pelas empresas distribuidoras de energia elétrica. As famílias só pagam a conta de luz no final do mês.

"Essas famílias, aliás, pagam uma conta de luz menor porque, em sua grande maioria, são beneficiadas com a tarifa rural, que tem subsídio de 70%, ou com a tarifa social de energia", destacou Dilma.

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