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Dilma quer entrar em 2015 com equipe definida, diz fonte

A presidente pretende trabalhar para definir sua equipe de governo e ter os nomes do primeiro escalão até 1º de janeiro, segundo fonte

Dilma Rousseff no Palácio do Planalto: "a presidente não quer entrar em 2015 com indefinição", diz fonte (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff no Palácio do Planalto: "a presidente não quer entrar em 2015 com indefinição", diz fonte (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 19h13.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff pretende trabalhar nos próximos dias para definir sua equipe ministerial do segundo mandato com o objetivo de ter os nomes do primeiro escalão até sua posse, em 1º de janeiro, disse à Reuters uma fonte do governo que acompanha a montagem da nova equipe.

"A presidente não quer entrar em 2015 com indefinição. Ela quer ter todos os ministros do segundo mandato em condições de trabalho em janeiro para dar sinais de previsibilidade nas principais áreas", disse a fonte, que falou na condição de anonimato.

A avaliação dentro do Palácio do Planalto é que a economia está parada pela falta de confiança dos agentes econômicos na recuperação do país e com o noticiário negativo com o escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras. Neste cenário, a definição da nova equipe ministerial poderia transmitir a mensagem de que o governo está pronto iniciar 2015 agindo, sem pendências com definição de equipe.

A avaliação no Palácio do Planalto, contudo, é que os prazos estão ficando apertados. A conclusão da votação do projeto de lei que elimina a meta de superávit primário de 2014 é tida como certa. Mas há, por outro lado, todo um trabalho a ser feito para a votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 e que essas duas matérias tendem a consumir o restante do ano legislativo.

Com esse quadro, já não está mais certo o lançamento ainda este ano de um pacote de medidas de corte de gasto. Segundo a fonte, o governo considera que não faz sentido lançar um importante conjunto de medidas de redução do gastos no encerramento do ano, com as medidas carimbadas como "pacotaço de Natal". A fonte informou, contudo, que a decisão sobre esta questão depende também dos novos ministros da área econômica.

No front político, a tendência é de permanência dos seguintes ministros: Arthur Chioro (Saúde), Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Ministério da Justiça) Ricardo Berzoini (Secretaria de Relações Institucionais), Guilherme Afif Domingos (Ministério da Micro e Pequena Empresa), Luiz Alberto Figueiredo (Ministério das Relações Exteriores) e Moreira Franco (Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República).

Até o momento foram indicados Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento e Armando Monteiro Neto para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Alexandre Tombini foi confirmado no cargo e continuará à frente do Banco Central. A nova equipe já sinalizou uma condução mais ortodoxa da política econômica, em um discurso que agradou ao mercado.

Segundo a fonte, o primeiro escalão contará com Jaques Wagner e também com Gilberto Kassab, que deve ficar com pasta ligada à infraestrutura.

Na montagem do novo ministério, a presidente também considera, de acordo com a fonte, os peemedebistas Eunício Oliveira, Henrique Eduardo Alves, Eliseu Padilha e Kátia Abreu. Entre os bancos públicos, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli continua entre os cotados para a presidência do Banco do Brasil.

Para a Caixa Econômica Federal, a indicação, conforme a fonte, é que Jorge Hereda continuará no comando. A situação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda não está definida.

O atual secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, vem sendo cotado para chefiar Itaipu, cargo distante da Esplanada dos Ministérios.

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