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Dilma pode indicar Mantega para presidir conselho do NBD

O Brasil terá direito à primeira presidência do conselho de administração do Novo Banco de Desenvolvimento


	Mantega: a indicação seria uma forma de prestigiá-lo depois de sua permanência por mais de oito anos como ministro
 (Chico Ferreira/Reuters)

Mantega: a indicação seria uma forma de prestigiá-lo depois de sua permanência por mais de oito anos como ministro (Chico Ferreira/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 18h41.

Brasília - O anúncio dos líderes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ) de formar um conselho de administração interino do novo banco de desenvolvimento do grupo alimentou as especulações de que a presidente Dilma Rousseff pode indicar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para presidir o conselho.

Pelas regras acertadas nas negociações da assinatura do acordo de criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o Brasil terá direito à primeira presidência do conselho de administração e a Índia vai indicar a presidência do banco. Já a sede será em Xangai, na China.

Na presidência do Conselho de Administração, o Brasil terá maior influência na definição das diretrizes do banco, segundo avaliação de fontes nacionais.

O banco foi criado com a missão de ajudar na oferta de crédito mais barato para investimentos em infraestrutura. O Conselho de Administração terá entre suas funções decidir sobre planos de investimento e de expansão do banco.

A indicação do ministro Mantega seria uma forma de prestigiá-lo depois de sua permanência por mais de oito anos no comando da economia brasileira. O ministro foi um dos mais atuantes para a criação do banco e pela reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Brasil queria a presidência do NBD. Mas, nas negociações finais, que ocorreram na reunião de julho passado, em Fortaleza, cedeu a vantagem à Índia em troca da presidência do conselho.

Pressa

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o governo brasileiro tem interesse em que o banco comece a funcionar interinamente - ainda em 2015 -, já que o processo de ratificação do acordo de criação deve demorar pelo menos um ano.

Segundo fontes, está sendo discutida a possibilidade de alguns países anteciparem parte do aporte inicial previsto no acordo para financiar a estrutura inicial do banco, inclusive o pagamento inicial dos dirigentes.

O Brasil, porém, não poderá fazer o aporte antes da ratificação do acordo pelo Congresso Nacional.

No comunicado divulgado após o encontro dos presidentes dos países do Brics, que antecedeu a reunião de cúpula do G-20 da semana passada, foi citado o avanço na constituição do NBD e ficou decidido que os ministros de finanças devem designar o "presidente e os vice-presidentes do NBD com bastante antecedência à próxima cúpula do Brics na Rússia".

Além dessa nomeação antecipada, o grupo concordou em anunciar a formação do Conselho de Administração Interino que conduzirá a próxima etapa para a criação do NBD. A intenção é acelerar o processo de estabelecimento da instituição financeira enquanto os poderes legislativos avançam com a tramitação legal da nova instituição.

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