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Dilma oferece cargo para manter base aliada

A presidente ofereceu uma cadeira na assessoria especial da Secretaria de Políticas para Mulheres para a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins

Apesar das iniciativas de Dilma, a ex-prefeita ainda avalia a oferta de Eduardo Campos, possível candidato do PSB à Presidência (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2013 às 08h31.

Brasília - Preocupada com a montagem dos palanques estaduais para sua reeleição, a presidente Dilma Rousseff entrou na articulação para impedir deserções de aliados, à custa de cargos no governo.

Ao receber, na quarta-feira,12, a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT), que ameaça migrar para o PSB do governador Eduardo Campos (Pernambuco), Dilma lhe ofereceu uma cadeira na assessoria especial da Secretaria de Políticas para Mulheres.

A presidente fez o convite ao pedir a Luizianne que fique no PT e ajude sua campanha. Além disso, afagou a ex-prefeita ao dizer que confia no acordo entre ela e o deputado José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara, em nome do projeto nacional.

Luizianne recusou a oferta, alegando que não pode sair de Fortaleza, onde é professora universitária. Dilma incumbiu então o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, de procurar algo mais "adequado" para a petista. "Para mim foi muito importante o apoio da presidente. Saí da conversa fortalecida", disse Luizianne.

Apesar das iniciativas de Dilma, a ex-prefeita ainda avalia a oferta de Eduardo Campos, possível candidato do PSB à Presidência. "Não vou esnobar quem olhou para mim num momento de isolamento", avisou. Em confronto com o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), Campos propôs a Luizianne a candidatura ao Senado ou até ao governo cearense pela sigla que preside.

Com problemas na Bahia e em Pernambuco, onde PT, PMDB e PSB não se entendem, Dilma tenta construir um palanque único e forte no Nordeste. Ela avalia que a missão é viável no Ceará, desde que "segure" a insatisfação de Luizianne.

No cenário dos sonhos palacianos, o PT e o PSB abririam mão da cabeça de chapa para apoiar a candidatura do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, ao governo do Ceará.


"Eu sou o fiador da aliança com o PMDB e o PSB no Estado", resumiu o deputado Guimarães, que tem maioria no PT do Ceará e quer disputar o Senado. Desafeto de Luizianne, ele também foi recebido por Dilma nos últimos dias.

No Rio

Na tentativa de neutralizar as investidas de Eduardo Campos, a presidente conversou recentemente, também, com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Pré-candidato ao governo do Rio, Lindbergh é pressionado pelo PMDB a desistir da disputa para apoiar Luiz Fernando Pezão (PMDB), atual vice.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), chegou a condicionar o apoio a Dilma à desistência de Lindbergh. Ciente do impasse, Campos assediou o petista, mas Dilma pediu a este que se mantenha no PT, prometendo resolver a situação. "O jacaré está aqui esperando, de boca aberta", brincou Campos.

"As relações mais tensas que temos com o PT são no Rio, na Bahia e no Ceará", admitiu o senador Valdir Raupp (RO), presidente do PMDB.

Em busca de adesões para 2014, a ofensiva do governo incluiu o PTB do ex-deputado Roberto Jefferson, delator do mensalão.

Na esperança de impedir a aliança com Campos ou mesmo com Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB ao Planalto, Dilma pôs o presidente do PTB, Benito Gama, no Banco do Brasil. "Mesmo com toda essa ação, o PSB está qualificando sua presença no debate político", disse Eduardo Campos.

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Brasília - Preocupada com a montagem dos palanques estaduais para sua reeleição, a presidente Dilma Rousseff entrou na articulação para impedir deserções de aliados, à custa de cargos no governo.

Ao receber, na quarta-feira,12, a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT), que ameaça migrar para o PSB do governador Eduardo Campos (Pernambuco), Dilma lhe ofereceu uma cadeira na assessoria especial da Secretaria de Políticas para Mulheres.

A presidente fez o convite ao pedir a Luizianne que fique no PT e ajude sua campanha. Além disso, afagou a ex-prefeita ao dizer que confia no acordo entre ela e o deputado José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara, em nome do projeto nacional.

Luizianne recusou a oferta, alegando que não pode sair de Fortaleza, onde é professora universitária. Dilma incumbiu então o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, de procurar algo mais "adequado" para a petista. "Para mim foi muito importante o apoio da presidente. Saí da conversa fortalecida", disse Luizianne.

Apesar das iniciativas de Dilma, a ex-prefeita ainda avalia a oferta de Eduardo Campos, possível candidato do PSB à Presidência. "Não vou esnobar quem olhou para mim num momento de isolamento", avisou. Em confronto com o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), Campos propôs a Luizianne a candidatura ao Senado ou até ao governo cearense pela sigla que preside.

Com problemas na Bahia e em Pernambuco, onde PT, PMDB e PSB não se entendem, Dilma tenta construir um palanque único e forte no Nordeste. Ela avalia que a missão é viável no Ceará, desde que "segure" a insatisfação de Luizianne.

No cenário dos sonhos palacianos, o PT e o PSB abririam mão da cabeça de chapa para apoiar a candidatura do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, ao governo do Ceará.


"Eu sou o fiador da aliança com o PMDB e o PSB no Estado", resumiu o deputado Guimarães, que tem maioria no PT do Ceará e quer disputar o Senado. Desafeto de Luizianne, ele também foi recebido por Dilma nos últimos dias.

No Rio

Na tentativa de neutralizar as investidas de Eduardo Campos, a presidente conversou recentemente, também, com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Pré-candidato ao governo do Rio, Lindbergh é pressionado pelo PMDB a desistir da disputa para apoiar Luiz Fernando Pezão (PMDB), atual vice.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), chegou a condicionar o apoio a Dilma à desistência de Lindbergh. Ciente do impasse, Campos assediou o petista, mas Dilma pediu a este que se mantenha no PT, prometendo resolver a situação. "O jacaré está aqui esperando, de boca aberta", brincou Campos.

"As relações mais tensas que temos com o PT são no Rio, na Bahia e no Ceará", admitiu o senador Valdir Raupp (RO), presidente do PMDB.

Em busca de adesões para 2014, a ofensiva do governo incluiu o PTB do ex-deputado Roberto Jefferson, delator do mensalão.

Na esperança de impedir a aliança com Campos ou mesmo com Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB ao Planalto, Dilma pôs o presidente do PTB, Benito Gama, no Banco do Brasil. "Mesmo com toda essa ação, o PSB está qualificando sua presença no debate político", disse Eduardo Campos.

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