Dilma nega uso eleitoreiro da crise hídrica em São Paulo
Presidente disse que não ia falar sobre a questão da água e que até agora não falou
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2014 às 20h31.
São Paulo - A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) defendeu não fazer uso eleitoreiro da crise hídrica em São Paulo. Ela disse que não ia falar sobre a questão da água e que até agora não falou. "Podia ter falado, e lamento, já que trataram desse jeito".
Dilma foi questionada se não era contraditório ela ter dito ontem, após o debate, que não tratara do tema para não explorá-lo politicamente e ele ser pauta nesta segunda-feira da sua propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
Dilma não esclareceu por que não seria eleitoreiro se a questão hídrica foi para o seu programa de televisão, mas disse ter uma "relação federada" com o governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB).
Na sua fala, voltou a criticar a falta de planejamento no governo que é do mesmo partido que seu adversário na corrida eleitoral, Aécio Neves.
Em coletiva realizada na capital paulista, a presidente ressaltou ter apresentado relatórios no início do ano ao governador paulista, mostrando que a situação do Estado era "difícil".
Segundo Dilma, em audiência realizada com Alckmin em março, no Palácio do Planalto, ela sugeriu que fossem feitas obras emergenciais para garantir o abastecimento no período de estiagem.
"Sempre acreditei em duas coisas: quando a situação é grave porque o planejamento faltou, há que se fazer obras emergenciais, por isso que eu as sugeri para o governador", disse a petista.
A presidente relatou ainda que o governador não quis fazer obras emergenciais, mas pediu enquadramento no regime diferenciado de contratação (RDC), usado para agilizar obras.
"O governador estava esperando que chovesse", criticou. Mas ressalvou que Alckmin sempre tratou do tema "em alto nível".
Dilma citou a disputa entre Rio e São Paulo em torno do rio Paraíba do Sul e listou uma série de obras hídricas feitas em parceria com o governo federal ao longo de sua gestão e do ex-presidente Lula em parceria com outros Estados.
"Nós ajudamos em todas as circunstâncias, discutimos o volume morto, inclusive na disputa entre São Paulo e Rio, construímos uma situação de diálogo para chegar ao acordo", disse Dilma.
"Qualquer tentativa de transferir responsabilidade para o governo federal, nós olharemos com grande estranheza", completou.
Sobre a acusação de Alckmin, que disse que Dilma não cumpriu a promessa de desonerar empresas de saneamento, Dilma rebateu dizendo que não teria impacto sobre a questão do desabastecimento.
"Isso não faz uma vírgula na questão da água. Se fizesse, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia estariam com problema de abastecimento de água e não estão. Isso é a chamada parte da questão que não é a verdade."
São Paulo - A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) defendeu não fazer uso eleitoreiro da crise hídrica em São Paulo. Ela disse que não ia falar sobre a questão da água e que até agora não falou. "Podia ter falado, e lamento, já que trataram desse jeito".
Dilma foi questionada se não era contraditório ela ter dito ontem, após o debate, que não tratara do tema para não explorá-lo politicamente e ele ser pauta nesta segunda-feira da sua propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
Dilma não esclareceu por que não seria eleitoreiro se a questão hídrica foi para o seu programa de televisão, mas disse ter uma "relação federada" com o governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB).
Na sua fala, voltou a criticar a falta de planejamento no governo que é do mesmo partido que seu adversário na corrida eleitoral, Aécio Neves.
Em coletiva realizada na capital paulista, a presidente ressaltou ter apresentado relatórios no início do ano ao governador paulista, mostrando que a situação do Estado era "difícil".
Segundo Dilma, em audiência realizada com Alckmin em março, no Palácio do Planalto, ela sugeriu que fossem feitas obras emergenciais para garantir o abastecimento no período de estiagem.
"Sempre acreditei em duas coisas: quando a situação é grave porque o planejamento faltou, há que se fazer obras emergenciais, por isso que eu as sugeri para o governador", disse a petista.
A presidente relatou ainda que o governador não quis fazer obras emergenciais, mas pediu enquadramento no regime diferenciado de contratação (RDC), usado para agilizar obras.
"O governador estava esperando que chovesse", criticou. Mas ressalvou que Alckmin sempre tratou do tema "em alto nível".
Dilma citou a disputa entre Rio e São Paulo em torno do rio Paraíba do Sul e listou uma série de obras hídricas feitas em parceria com o governo federal ao longo de sua gestão e do ex-presidente Lula em parceria com outros Estados.
"Nós ajudamos em todas as circunstâncias, discutimos o volume morto, inclusive na disputa entre São Paulo e Rio, construímos uma situação de diálogo para chegar ao acordo", disse Dilma.
"Qualquer tentativa de transferir responsabilidade para o governo federal, nós olharemos com grande estranheza", completou.
Sobre a acusação de Alckmin, que disse que Dilma não cumpriu a promessa de desonerar empresas de saneamento, Dilma rebateu dizendo que não teria impacto sobre a questão do desabastecimento.
"Isso não faz uma vírgula na questão da água. Se fizesse, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia estariam com problema de abastecimento de água e não estão. Isso é a chamada parte da questão que não é a verdade."