Dilma não sai às ruas para se apresentar ao povo, diz Aécio
Candidato critica eventos fechados da atual presidente e, sobre sua campanha, disse: "estou andando na rua, sem ninguém (aliados políticos)"
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2014 às 15h42.
Rio - O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves , disse nesta sexta-feira, 25, que a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, tem tido "dificuldade de se apresentar à população" neste início de campanha e que, por isso, tem privilegiado reuniões em locais fechados, cercada de aliados.
Na quinta-feira, 24, Dilma jantou com prefeitos de municípios do estado, na Baixada Fluminense.
"A diferença central da nossa campanha para a da presidente Dilma é isso aqui: estou andando na rua, sem ninguém (aliados políticos)", afirmou Aécio, durante visita à Favela Vigário Geral, na zona norte.
"Nossa campanha será olhando para as pessoas. A presidente, por enquanto, tem tido dificuldade de se apresentar à população. Os eventos são fechados, quase com imposição da presença de aliados. Muito mais do que prefeitos e deputados, vou contar com a população brasileira", disse Aécio, que é ciceroneado na favela pelo coordenador do grupo AfroReggae, José Júnior, escolhido para também coordenar a parte da campanha do PSDB dedicada à juventude.
Aécio comentou rapidamente a polêmica envolvendo a construção de um aeroporto em terreno que pertenceu ao seu tio-avô Múcio Tolentino, no município de Cláudio, em Minas Gerais.
Ele disse que a questão "já foi mais do que esclarecida" e que tem uma vida ilibada. "Saí de Minas com 92% de aprovação e tenho a certeza de que em Minas terei extraordinária vitória".
O candidato tucano se disse favorável à redução da maioridade penal em casos de crimes hediondos ao comentar projetos de sua campanha para a juventude.
"É uma discussão grande entre a gente, que não é consensual entre todos os que nos apoiam. É uma proposta do Aloysio Nunes (candidato a vice de Aécio), que pode sinalizar a redução da impunidade em 1% dos casos. Não é a solução. É um paliativo. Solução é educação, oportunidade e fazer o Brasil crescer", afirmou Aécio.