Rodrigo Janot: Senado deve aprovar a recondução de Janot para novo mandato na PGR, segundo o senador Romero Jucá (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2015 às 17h50.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff encaminhará na próxima segunda-feira, dia 10, ao Senado a indicação de Rodrigo Janot para mais um mandato à frente da Procuradoria-Geral da República, disse nesta sexta-feira à Reuters o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Segundo Jucá, que disse ter falado com Dilma nesta sexta sobre o assunto, o Senado deve aprovar a recondução de Janot para novo mandato de dois anos como procurador-geral da República.
"Falei hoje com a presidente Dilma e ela vai indicar na segunda-feira o nome de Janot e nós vamos aprovar", disse Jucá.
Além de Jucá, outros senadores, da base do governo e da oposição, afirmaram que o clima na Casa é favorável à aprovação da recondução de Janot à PGR.
"O clima no Senado, como instituição, é favorável à indicação de Janot", disse o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).
Um terceiro senador, da base do governo e falando sob condição de anonimato, também disse que o nome de Janot deve passar no Senado.
"A presidente sempre tem adotado essa postura (de indicar o primeiro da lista tríplice dos procuradores). O clima é favorável. Ele vai ser aprovado", disse esse terceiro senador.
Janot encabeça a lista tríplice entregue pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) à presidente Dilma na quinta-feira.
Atual titular da Procuradoria-Geral da República (PGR), Janot tem comandado as investigações de políticos envolvidos na operação Lava Jato, que apura um esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras.
Os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão entre os políticos que são alvos de inquéritos relacionados à Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para ser reconduzido ao cargo, Janot precisa ser sabatinado e aprovado na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), além de passar por uma votação no plenário do Senado.