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Dilma evita polêmicas por desapropriação em SP

Numa demonstração de "boas relações" com as autoridades locais, a presidente recebeu uma medalha das mão do prefeito da capital, Gilberto Kassab

Adotando tom conciliador, Dilma estendeu a mão ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como já fez em outras oportunidades (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 18h19.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff evitou polêmicas ao visitar São Paulo nesta quarta-feira, o aniversário de 458 anos da cidade, e buscou demonstrar harmonia com as autoridades locais que estão sob críticas da população pela campanha policial de repressão às drogas na "cracolândia" e pela desocupação de uma comunidade carente na região de Pinheirinho, em São José dos Campos.

Numa demonstração de "boas relações" com as autoridades locais, a presidente recebeu uma medalha das mão do prefeito da capital, Gilberto Kassab (PSD), que estava no evento ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Ambos políticos vêm enfrentando críticas da população pela campanha policial de repressão às drogas na região conhecida como "cracolândia", no centro da cidade. Alckmin também vem sendo criticado pela forma como foi realizada a desocupação de uma comunidade carente na região de Pinheirinho, em São José dos Campos.

Desde que assumiu a Presidência em janeiro do ano passado, a presidente esteve pela segunda vez em um evento na prefeitura paulistana e já participou de algumas solenidades no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Ela evitou declarações polêmicas e não tocou em nenhum dos dois temas, dando indicações de que não quer acirrar disputas com os tucanos num ano de eleições municipais.

Adotando tom conciliador, Dilma estendeu a mão ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como já fez em outras oportunidades, dizendo esperar que o ato de render homenagens a ex-mandatários como ele seja "uma prática do Brasil democrático".


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor e padrinho político de Dilma e adversário de Fernando Henrique, não estava presente no evento comemorativo, ao contrário do que ocorreu na cerimônia de 2011, quando o homenageado foi o ex-vice-presidente José Alencar.

Predestinados

Em seu discurso, Dilma também fez elogios à capital paulista. Ela classificou a cidade como "um farol para o nosso país" e lembrou um trecho da música "Sampa", de Caetano Veloso, buscando demonstrar que sua percepção para o futuro é de otimismo.

"Acho que tem outro sentimento, outro sentimento, que passa no coração dos brasileiros quando cruzam a Ipiranga com a Avenida São João. E eu acho que é uma sensação de esperança", disse.

"Também uma esperança de que o nosso país pode ser do tamanho de São Paulo. Acho, sobretudo, que é essa esperança que está no coração e na cabeça da gente quando a gente cruza a Ipiranga com a Avenida São João. E eu tenho certeza que nós somos, hoje, um dos maiores e mais predestinados países do mundo."

Antes do início do evento, na sede da prefeitura de São Paulo, um grupo de manifestantes protestou contra a desocupação da região do Pinheirinho, em São José dos Campos, entoando coros contra Alckmin e Kassab. Os manifestantes também criticaram as operações policiais na região da cracolândia, na área central de São Paulo.

Na praça da Sé, onde foi realizada uma missa pelo aniversário da cidade, seguranças de Kassab foram atingidos por ovos durante uma manifestação com algumas centenas de participantes, que protestavam também contra a ação na cracolândia, informou a mídia local.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff evitou polêmicas ao visitar São Paulo nesta quarta-feira, o aniversário de 458 anos da cidade, e buscou demonstrar harmonia com as autoridades locais que estão sob críticas da população pela campanha policial de repressão às drogas na "cracolândia" e pela desocupação de uma comunidade carente na região de Pinheirinho, em São José dos Campos.

Numa demonstração de "boas relações" com as autoridades locais, a presidente recebeu uma medalha das mão do prefeito da capital, Gilberto Kassab (PSD), que estava no evento ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Ambos políticos vêm enfrentando críticas da população pela campanha policial de repressão às drogas na região conhecida como "cracolândia", no centro da cidade. Alckmin também vem sendo criticado pela forma como foi realizada a desocupação de uma comunidade carente na região de Pinheirinho, em São José dos Campos.

Desde que assumiu a Presidência em janeiro do ano passado, a presidente esteve pela segunda vez em um evento na prefeitura paulistana e já participou de algumas solenidades no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Ela evitou declarações polêmicas e não tocou em nenhum dos dois temas, dando indicações de que não quer acirrar disputas com os tucanos num ano de eleições municipais.

Adotando tom conciliador, Dilma estendeu a mão ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como já fez em outras oportunidades, dizendo esperar que o ato de render homenagens a ex-mandatários como ele seja "uma prática do Brasil democrático".


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor e padrinho político de Dilma e adversário de Fernando Henrique, não estava presente no evento comemorativo, ao contrário do que ocorreu na cerimônia de 2011, quando o homenageado foi o ex-vice-presidente José Alencar.

Predestinados

Em seu discurso, Dilma também fez elogios à capital paulista. Ela classificou a cidade como "um farol para o nosso país" e lembrou um trecho da música "Sampa", de Caetano Veloso, buscando demonstrar que sua percepção para o futuro é de otimismo.

"Acho que tem outro sentimento, outro sentimento, que passa no coração dos brasileiros quando cruzam a Ipiranga com a Avenida São João. E eu acho que é uma sensação de esperança", disse.

"Também uma esperança de que o nosso país pode ser do tamanho de São Paulo. Acho, sobretudo, que é essa esperança que está no coração e na cabeça da gente quando a gente cruza a Ipiranga com a Avenida São João. E eu tenho certeza que nós somos, hoje, um dos maiores e mais predestinados países do mundo."

Antes do início do evento, na sede da prefeitura de São Paulo, um grupo de manifestantes protestou contra a desocupação da região do Pinheirinho, em São José dos Campos, entoando coros contra Alckmin e Kassab. Os manifestantes também criticaram as operações policiais na região da cracolândia, na área central de São Paulo.

Na praça da Sé, onde foi realizada uma missa pelo aniversário da cidade, seguranças de Kassab foram atingidos por ovos durante uma manifestação com algumas centenas de participantes, que protestavam também contra a ação na cracolândia, informou a mídia local.

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