A presidente Dilma Rousseff (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2015 às 13h05.
Última atualização em 3 de agosto de 2017 às 15h20.
São Paulo – Texto de ontem do jornal inglês The Guardian elenca fatores preocupantes para a presidente Dilma Rousseff que caracterizam o “fantasma do impeachment”.
O jornal destaca a semana passada como “a mais dura de sua presidência”, por notícias como a ameaça de rebaixamento do país para o grau especulativo pelas agências de classificação de risco, mais prisões de indivíduos relacionados ao PT nas investigações da Operação Lava Jato e a divulgação da pesquisa Datafolha que a coloca como a mandante com aprovação mais baixa desde a redemocratização em 1985.
Junto a isso, são destacadas as taxas crescentes de inflação e a proximidade de novos protestos antigoverno.
Ainda a respeito da última semana, o jornal destaca a deserção do PDT e PTB da base aliada enquanto ela luta contra Eduardo Cunha, que está “abertamente conspirando” contra Dilma. “Apoiadores acreditam que ela é alvo de um golpe. Críticos argumentam que ela é vítima de seu próprio desgoverno”, diz o texto.
Apesar de dar destaque a todos os fatores críticos, o jornal lembra que ainda não há pretexto legal para um pedido de impeachment, apesar de opositores estarem procurando pretexto para tal dentro de violações nos gastos de campanha, por exemplo. E que além de uma justificativa, é preciso ter o apoio de dois terços no Congresso.
“Se existe a vontade política de avançar com o movimento [de impeachment], ela será parcialmente medida pela escala e caráter da demonstração dos protestos de domingo”, diz o Guardian.