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Dilma é recebida com vaias por servidores no Rio

Cerca de 200 servidores receberam a presidente com vaias na sua chegado ao Theatro Municipal, no centro do Rio

Presidente Dilma Rousseff em reunião (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2012 às 21h42.

Rio - A presidente Dilma Rousseff foi recebida nesta segunda com vaias e protestos por cerca de 200 servidores federais ao chegar ao Theatro Municipal, no centro do Rio, para a entrega de medalhas aos vencedores da 7ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas. Os manifestantes bloquearam por 20 minutos a Avenida Rio Branco, e o Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado. Em seu discurso, a presidente classificou o evento de "festa da meritocracia" - uma das reivindicações de parte dos grevistas é a promoção por tempo de serviço, não por titulação.

Do lado de fora, um policial foi atingido por um ovo jogado por manifestantes e discutiu com alguns estudantes, o que gerou um princípio de tumulto. Apesar do clima de tensão, não houve confronto. A participação de Dilma na solenidade não foi divulgada com antecedência na agenda oficial da Presidência e surpreendeu os manifestantes. Sob forte esquema de segurança, a presidente entrou pela lateral do prédio, em uma passagem bloqueada com grades e tapumes de metal que impediam a aproximação e a visão dos manifestantes. O quarteirão inteiro do teatro e parte da praça da Cinelândia foram isolados.

Um helicóptero da PF sobrevoava a região enquanto homens do Exército e do Batalhão de Choque da Polícia Militar reforçavam a segurança no entorno do prédio, impedindo a aproximação dos servidores. Os manifestantes ironizaram a presença ostensiva dos policiais: "Dilma, que papelão! Para vir ao Rio tem que ser com batalhão", gritavam em coro os manifestantes.


Eles cobravam da presidente Dilma mais negociação com as categorias pelo reajuste salarial. Entre os manifestantes, professores universitários, estudantes, servidores do IBGE, de órgãos vinculados ao ministério da Cultura e do Ministério Público da União (MPU) e do Judiciário federal, entre outros.

Enquanto a situação do lado de fora era tensa, dentro do teatro Dilma dedicou cerca de duas horas aos estudantes vencedores da 7ª Olimpíada de Matemática, competição acadêmica que reuniu 19 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio. Em clima de festa, a presidente distribuiu beijos e abraços, deu autógrafos e posou para muitas fotos, em meio aos jovens. Depois, discursou para a plateia, formada, majoritariamente, por pais e parentes orgulhosos, defendendo a necessidade da educação pública e do mérito.

"Neste Brasil de hoje, o que queremos é que o sucesso advenha da meritocracia. E aqui hoje é uma festa da meritocracia, do mérito, de um conjunto de jovens meninas e meninas, por sua capacidade. Ninguém aqui perguntou quem era o pai, quem era a mãe, quanto ganhava. O que estamos vendo é o esforço de cada uma e de cada um ultrapassando as barreiras que a vida impõe a cada um de nós. Mas esse mérito é importantíssimo para todos nós. Esse é o caminho do Brasil."

A presidente deixou o teatro por volta das 18h30, quando já não havia manifestantes do lado de fora.

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Rio - A presidente Dilma Rousseff foi recebida nesta segunda com vaias e protestos por cerca de 200 servidores federais ao chegar ao Theatro Municipal, no centro do Rio, para a entrega de medalhas aos vencedores da 7ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas. Os manifestantes bloquearam por 20 minutos a Avenida Rio Branco, e o Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado. Em seu discurso, a presidente classificou o evento de "festa da meritocracia" - uma das reivindicações de parte dos grevistas é a promoção por tempo de serviço, não por titulação.

Do lado de fora, um policial foi atingido por um ovo jogado por manifestantes e discutiu com alguns estudantes, o que gerou um princípio de tumulto. Apesar do clima de tensão, não houve confronto. A participação de Dilma na solenidade não foi divulgada com antecedência na agenda oficial da Presidência e surpreendeu os manifestantes. Sob forte esquema de segurança, a presidente entrou pela lateral do prédio, em uma passagem bloqueada com grades e tapumes de metal que impediam a aproximação e a visão dos manifestantes. O quarteirão inteiro do teatro e parte da praça da Cinelândia foram isolados.

Um helicóptero da PF sobrevoava a região enquanto homens do Exército e do Batalhão de Choque da Polícia Militar reforçavam a segurança no entorno do prédio, impedindo a aproximação dos servidores. Os manifestantes ironizaram a presença ostensiva dos policiais: "Dilma, que papelão! Para vir ao Rio tem que ser com batalhão", gritavam em coro os manifestantes.


Eles cobravam da presidente Dilma mais negociação com as categorias pelo reajuste salarial. Entre os manifestantes, professores universitários, estudantes, servidores do IBGE, de órgãos vinculados ao ministério da Cultura e do Ministério Público da União (MPU) e do Judiciário federal, entre outros.

Enquanto a situação do lado de fora era tensa, dentro do teatro Dilma dedicou cerca de duas horas aos estudantes vencedores da 7ª Olimpíada de Matemática, competição acadêmica que reuniu 19 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio. Em clima de festa, a presidente distribuiu beijos e abraços, deu autógrafos e posou para muitas fotos, em meio aos jovens. Depois, discursou para a plateia, formada, majoritariamente, por pais e parentes orgulhosos, defendendo a necessidade da educação pública e do mérito.

"Neste Brasil de hoje, o que queremos é que o sucesso advenha da meritocracia. E aqui hoje é uma festa da meritocracia, do mérito, de um conjunto de jovens meninas e meninas, por sua capacidade. Ninguém aqui perguntou quem era o pai, quem era a mãe, quanto ganhava. O que estamos vendo é o esforço de cada uma e de cada um ultrapassando as barreiras que a vida impõe a cada um de nós. Mas esse mérito é importantíssimo para todos nós. Esse é o caminho do Brasil."

A presidente deixou o teatro por volta das 18h30, quando já não havia manifestantes do lado de fora.

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