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Dilma e Calderón decidem renegociar acordo

A decisão foi estipulada em uma conversa por telefone, depois que fontes oficiais admitiram na véspera o desejo brasileiro de revisar o tratado

O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio já tinha reconhecido na véspera que o Brasil estudava revisar o acordo perante a pressão de alguns setores produtivos em rompê-lo (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 20h09.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff e seu colega mexicano, Felipe Calderón, autorizaram nesta sexta-feira a renegociação de alguns artigos do acordo automotor bilateral assinado em 2002, perante a alegação dos produtores brasileiros que só beneficia os mexicanos, segundo fontes oficiais.

A decisão foi estipulada em uma conversa por telefone que os dois líderes tiveram hoje, depois que fontes oficiais admitiram na véspera o desejo brasileiro de revisar o tratado, segundo a assessoria de imprensa da Presidência brasileira.

Da conversa, que segundo o Brasil foi uma iniciativa de Calderón, também participaram os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota; e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.

'Vamos iniciar na próxima semana um processo de negociação dos novos termos do acordo', afirmou Pimentel em entrevista coletiva.

'Neste momento o acordo não é equilibrado. O acordo não beneficia atualmente o Brasil. Tivemos uma conversa produtiva e o presidente Calderón manifestou total disposição em revisar os termos do acordo', acrescentou o ministro.

O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio já tinha reconhecido na véspera que o Brasil estudava revisar o acordo perante a pressão de alguns setores produtivos em rompê-lo.

A 'revisão', segundo as fontes consultadas pela Efe, obedece ao forte aumento que tiveram as importações de automóveis e peças mexicanas no Brasil, que, segundo as autoridades, pode afetar a indústria nacional.


'Chegamos a estudar a possibilidade de aplicar a cláusula de ruptura prevista no acordo em caso de não avançarmos nas negociações, mas temos certeza de que alcançaremos um novo acordo. E isso ficou muito claro na conversa de hoje com o presidente Calderón', segundo Pimentel.

'O México tem um grande interesse em manter o acordo e por isso admite revisar as condições', acrescentou.

Segundo dados oficiais brasileiros, as importações de automóveis do México aumentaram no ano passado 40%, a mesma proporção em que caíram as exportações de veículos para esse país, o que gerou um déficit de quase US$ 1,7 bilhão na troca nesse setor.

O comércio automotor entre Brasil e México é regulado por um Acordo de Complementação Econômica assinado em 2002 que reduz as tarifas sobre as importações do setor.

No final do ano passado, o Brasil aumentou os impostos para a importação de veículos e peças, em parte para conter a alta entrada de carros de fabricação chinesa e coreana.

Essa medida excluiu as importações procedentes dos países do Mercosul e do México.

A renegociação será feita por representantes dos ministérios de Relações Exteriores e de Indústria dos dois países em reuniões que começarão na próxima semana em Brasília.

A expectativa de Pimentel é que as negociações concluam em poucas semanas.


'Existe disposição para um acordo. Ambas as partes reafirmaram seu compromisso em uma relação muito próxima política e economicamente entre os dois países', afirmou.

O atual acordo se limita aos automóveis e o Brasil está interessado em estendê-lo a caminhões e ônibus, dos quais é grande produtor, em uma tentativa de equilibrar a troca.

O Brasil também espera que o novo acordo aumente o conteúdo nacional dos automóveis trocados porque os brasileiros têm uma alta proporção de peças nacionais, mas os mexicanos não.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff e seu colega mexicano, Felipe Calderón, autorizaram nesta sexta-feira a renegociação de alguns artigos do acordo automotor bilateral assinado em 2002, perante a alegação dos produtores brasileiros que só beneficia os mexicanos, segundo fontes oficiais.

A decisão foi estipulada em uma conversa por telefone que os dois líderes tiveram hoje, depois que fontes oficiais admitiram na véspera o desejo brasileiro de revisar o tratado, segundo a assessoria de imprensa da Presidência brasileira.

Da conversa, que segundo o Brasil foi uma iniciativa de Calderón, também participaram os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota; e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.

'Vamos iniciar na próxima semana um processo de negociação dos novos termos do acordo', afirmou Pimentel em entrevista coletiva.

'Neste momento o acordo não é equilibrado. O acordo não beneficia atualmente o Brasil. Tivemos uma conversa produtiva e o presidente Calderón manifestou total disposição em revisar os termos do acordo', acrescentou o ministro.

O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio já tinha reconhecido na véspera que o Brasil estudava revisar o acordo perante a pressão de alguns setores produtivos em rompê-lo.

A 'revisão', segundo as fontes consultadas pela Efe, obedece ao forte aumento que tiveram as importações de automóveis e peças mexicanas no Brasil, que, segundo as autoridades, pode afetar a indústria nacional.


'Chegamos a estudar a possibilidade de aplicar a cláusula de ruptura prevista no acordo em caso de não avançarmos nas negociações, mas temos certeza de que alcançaremos um novo acordo. E isso ficou muito claro na conversa de hoje com o presidente Calderón', segundo Pimentel.

'O México tem um grande interesse em manter o acordo e por isso admite revisar as condições', acrescentou.

Segundo dados oficiais brasileiros, as importações de automóveis do México aumentaram no ano passado 40%, a mesma proporção em que caíram as exportações de veículos para esse país, o que gerou um déficit de quase US$ 1,7 bilhão na troca nesse setor.

O comércio automotor entre Brasil e México é regulado por um Acordo de Complementação Econômica assinado em 2002 que reduz as tarifas sobre as importações do setor.

No final do ano passado, o Brasil aumentou os impostos para a importação de veículos e peças, em parte para conter a alta entrada de carros de fabricação chinesa e coreana.

Essa medida excluiu as importações procedentes dos países do Mercosul e do México.

A renegociação será feita por representantes dos ministérios de Relações Exteriores e de Indústria dos dois países em reuniões que começarão na próxima semana em Brasília.

A expectativa de Pimentel é que as negociações concluam em poucas semanas.


'Existe disposição para um acordo. Ambas as partes reafirmaram seu compromisso em uma relação muito próxima política e economicamente entre os dois países', afirmou.

O atual acordo se limita aos automóveis e o Brasil está interessado em estendê-lo a caminhões e ônibus, dos quais é grande produtor, em uma tentativa de equilibrar a troca.

O Brasil também espera que o novo acordo aumente o conteúdo nacional dos automóveis trocados porque os brasileiros têm uma alta proporção de peças nacionais, mas os mexicanos não.

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