"É uma questão de justiça, é inocente, e se quiserem tirá-lo da corrida eleitoral, devem ser eles com os seus método", disse Dilma (Lula/Facebook/Divulgação)
EFE
Publicado em 10 de abril de 2018 às 10h53.
Madri - A ex-presidente Dilma Rousseff insistiu nesta terça-feira que Lula é "inocente" e disse que o Partido dos Trabalhadores (PT) lutará e chegará a "todas as instâncias jurídicas" para que ele possa ser candidato nas eleições presidenciais de outubro.
Em uma conferência na Casa da América de Madri, Dilma pediu "solidariedade internacional" para defender Lula, preso desde sábado após ser condenado em segunda instância a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
"Nosso candidato continua sendo Lula, é uma questão de justiça, é inocente, e se quiserem tirá-lo da corrida eleitoral, devem ser eles com os seus métodos", disse em alusão aos promoveram sua condenação e prisão.
Dilma vinculou seu impeachment em 2016, devido a irregularidades nas contas públicas, e o caso de Lula a um "golpe parlamentar e midiático" no Brasil.
A ex-presidente disse que o Brasil não sairá desta situação sem eleições, mas desde que sejam respeitados os resultados, ao mesmo tempo em que negou que exista um clima para um golpe militar no país.
Dilma, que discursou em um ato organizado pela Cátedra de Estudos Ibero-Americanos da Universidade Carlos III e da Casa da América, foi interrompida várias vezes por aplausos de parte da plateia e gritos de "Lula livre".