Brasil

Dilma diz que programa de Marina reduz política industrial

Segundo Dilma, a candidata do PSB está propondo tirar o poder dos bancos públicos de participar do financiamento da indústria e da agricultura


	Dilma e Marina: presidente acusou a adversária de propor o fim da política industrial do país, o que geraria desemprego
 (Reuters)

Dilma e Marina: presidente acusou a adversária de propor o fim da política industrial do país, o que geraria desemprego (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 14h45.

São Bernardo do Campo - A presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, deu sequência à sua estratégia de ataque à candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, e acusou a adversária nesta terça-feira de propor o fim da política industrial do país, o que geraria desemprego.

"Fiquei muito preocupada com o programa (de governo) da candidata Marina (Silva), porque ela reduz a pó a política industrial", disse Dilma a jornalistas, pouco antes de fazer uma caminhada em São Bernardo do Campo (SP).

Segundo Dilma, a candidata do PSB está propondo tirar "o poder dos bancos públicos de participar do financiamento da indústria e da agricultura" e também é "contra a política de conteúdo local", que determina um percentual mínimo de produtos produzidos em território nacional para setores como o automobilístico e a indústria naval.

Na semana passada, a candidata Marina, que apareceu empatada com Dilma na pesquisa Datafolha mais recente na disputa pela Presidência, apresentou o programa de governo em que defende o fortalecimento do tripé macroeconômico (metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal) e uma menor presença do Estado na economia.

"Fico muito preocupada quando querem acabar com o papel do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Sabe por que a indústria e a agricultura procuram o BNDES e não a um banco privado? Porque ele oferece prazos mais longos e taxas (de juros) menores e uma política específica de apoio aqueles setores que são importantes para a economia brasileira porque gera emprego", argumentou a presidente, que está tentando conter o crescimento de Marina entre o eleitorado.

"Nós temos uma métrica: é o que gera emprego. Gerou emprego é fundamental e é bom para o país. Desempregou, é ruim para o país", acrescentou Dilma.

"Essa é a métrica mais simples possível para aqueles que são comprometidos com o crescimento do país e o futuro do país", disse.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilCelebridadesEleiçõesMarina SilvaEleições 2014

Mais de Brasil

Lula estabelece cota para exibição de filmes nacionais nos cinemas em 2026

Governo estuda tarifa zero no transporte público, diz ministro das Cidades

Bolsonaro é considerado apto e fará cirurgia de hérnia 9h na quinta

Equipe médica avalia procedimento para conter soluços de Bolsonaro