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Dilma diz que "negar o Holocausto é repeti-lo"

A presidente esteve presente em cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, em Brasília

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 21h11.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que o Holocausto, que vitimou cerca de 6 milhões de judeus durante o período do regime nazista, não pode ser negado ou esquecido sob pena de repeti-lo.

Dilma defendeu a verdade e a memória como uma "arma contra a repetição da barbárie" durante discurso na cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, organizada pela Confederação Israelita do Brasil em conjunto com as embaixadas de Israel e da Polônia.

"O Holocausto também se repete quando é negado. Quando ele é relativizado ou quando se tenta suavizar sua narrativa. Negar o holocausto é repeti-lo. Uma agressão à memória não apenas dos judeus, mas de toda a humanidade", disse a presidente durante a cerimônia em Brasília.

"Para todos nós judeus e não judeus, seres humanos de todas as etnias, religiões, aquele momento foi o mal em seu estado mais agressivo, deliberado, metódico e sistemático. O chamado, o pensado, mal absoluto", afirmou.

Dilma disse ter orgulho da criação em seu governo da Comissão Nacional da Verdade, que pretende apurar desrespeitos aos direitos humanos cometidos no Brasil entre 1946 e 1988, período que inclui o regime militar (1964-1985).

A cerimônia estava originalmente prevista para ocorrer no prédio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas foi transferida para um hotel, após um laudo do Corpo de Bombeiros apontar que o local anteriormente reservado não atendia plenamente às condições de segurança, segundo o gabinete de Segurança Institucional da Presidência.


A vistoria ocorreu na terça-feira e forçou a mudança repentina de local, na esteira do incêndio em uma boate de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que acendeu um sinal vermelho sobre as condições de segurança de casas que abrigam eventos públicos.

A tragédia, ocorrida na madrugada de domingo, matou 235 pessoas, a maioria asfixiada pela fumaça tóxica produzida no incêndio e pela dificuldade de deixar o local, além de deixar 142 pessoas feridas, ainda internadas em hospitais do Rio Grande do Sul.

Durante a cerimônia, o embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, leu uma carta enviada pelo presidente israelense, Shimon Peres, em que o mandatário se disse profundamente "consternado" e "triste".

Peres manifestou condolências aos familiares e desejou "completa e pronta" recuperação dos feridos.

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