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Dilma diz que combate à corrupção é prioridade

Apesar de criticar os vazamentos, a presidente afirmou que o combate à corrupção continua sendo uma prioridade

Dilma Rousseff: em seu discurso, Dilma agradeceu a Luís Inácio Adams, que deixa a AGU pela iniciativa privada (José Cruz / Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 14h02.

Brasília - Ao dar posse nesta quinta-feira aos novos ministros da Justiça, Wellington César Lima e Silva, e da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, a presidente Dilma Rousseff criticou os vazamentos de investigações e o que chamou de “execração pública sem acusação formal”, mas defendeu que o combate à corrupção continua sendo prioridade para seu governo.

“À luz da nossa Constituição, conhecida como Constituição Cidadã, nós continuaremos defendendo que o princípio da presunção de inocência vale para todos e seja um instrumento fundamental da nossa democracia”, afirmou.

“Continuaremos defendendo que a presunção de inocência não pode ser substituída pela presunção da culpa nem tampouco dar lugar à execração pública sem acusação formal e a condenação sem processo por meio de vazamentos ilegais e seletivos.”

O discurso da presidente aconteceu momentos depois de começarem a surgir notícias de que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) teria feito um acordo de delação premiada e, no documento inicial do acordo –em que são citados temas e pessoas sobre os quais poderia falar– implica a presidente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Partes desse documento teriam vazado para a revista IstoÉ.

Apesar de criticar os vazamentos, a presidente afirmou que o combate à corrupção continua sendo uma prioridade.

“Nenhum governo realizou o enfrentamento tão duro e eficiente à corrupção como o meu e continuará sendo assim”, disse. “Afinal não estamos investigando corrupção porque ela começou agora no meu governo. A corrupção está sendo investigada livremente e sem pressões porque que não impusemos barreiras nem engavetamos as investigações.”

Em seu discurso, Dilma agradeceu a Luís Inácio Adams, que deixa a AGU pela iniciativa privada, e disse que Cardozo será o nome “perfeito” para substituí-lo, além de elogiar a carreira de Lima e Silva.

“Meu governo não se afastará um milímetro sequer da atitude republicana de respeito aos demais poderes e ao pleno funcionamento das instituições subordinadas ao meu governo, desde que atuem dentro dos limites estabelecidos pela lei e principalmente pela Constituição”, afirmou.

“Continuaremos apoiando o combate à corrupção com a convicção de que é possível e é absolutamente necessário conciliar com a punição dos responsáveis e o devido respeito aos direitos individuais, a preservação de nossas empresas públicas e privadas e dos empregos de milhões e milhões de brasileiros”, disse.

Questionados pela Reuters sobre o impacto de uma eventual delação de Delcídio para o governo, os ministros da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, não quiseram comentar, alegando que ainda não haviamlido a reportagem.

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Brasília - Ao dar posse nesta quinta-feira aos novos ministros da Justiça, Wellington César Lima e Silva, e da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, a presidente Dilma Rousseff criticou os vazamentos de investigações e o que chamou de “execração pública sem acusação formal”, mas defendeu que o combate à corrupção continua sendo prioridade para seu governo.

“À luz da nossa Constituição, conhecida como Constituição Cidadã, nós continuaremos defendendo que o princípio da presunção de inocência vale para todos e seja um instrumento fundamental da nossa democracia”, afirmou.

“Continuaremos defendendo que a presunção de inocência não pode ser substituída pela presunção da culpa nem tampouco dar lugar à execração pública sem acusação formal e a condenação sem processo por meio de vazamentos ilegais e seletivos.”

O discurso da presidente aconteceu momentos depois de começarem a surgir notícias de que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) teria feito um acordo de delação premiada e, no documento inicial do acordo –em que são citados temas e pessoas sobre os quais poderia falar– implica a presidente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Partes desse documento teriam vazado para a revista IstoÉ.

Apesar de criticar os vazamentos, a presidente afirmou que o combate à corrupção continua sendo uma prioridade.

“Nenhum governo realizou o enfrentamento tão duro e eficiente à corrupção como o meu e continuará sendo assim”, disse. “Afinal não estamos investigando corrupção porque ela começou agora no meu governo. A corrupção está sendo investigada livremente e sem pressões porque que não impusemos barreiras nem engavetamos as investigações.”

Em seu discurso, Dilma agradeceu a Luís Inácio Adams, que deixa a AGU pela iniciativa privada, e disse que Cardozo será o nome “perfeito” para substituí-lo, além de elogiar a carreira de Lima e Silva.

“Meu governo não se afastará um milímetro sequer da atitude republicana de respeito aos demais poderes e ao pleno funcionamento das instituições subordinadas ao meu governo, desde que atuem dentro dos limites estabelecidos pela lei e principalmente pela Constituição”, afirmou.

“Continuaremos apoiando o combate à corrupção com a convicção de que é possível e é absolutamente necessário conciliar com a punição dos responsáveis e o devido respeito aos direitos individuais, a preservação de nossas empresas públicas e privadas e dos empregos de milhões e milhões de brasileiros”, disse.

Questionados pela Reuters sobre o impacto de uma eventual delação de Delcídio para o governo, os ministros da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, não quiseram comentar, alegando que ainda não haviamlido a reportagem.

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