Brasil

Dilma diz não temer conduta dos senadores durante sua defesa

"Eu vou ao Congresso e falarei aos senhores senadores com o respeito que eles merecem", disse a presidente afastada


	Dilma Rousseff: "eu vou ao Congresso e falarei aos senhores senadores com o respeito que eles merecem", disse a presidente afastada
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Dilma Rousseff: "eu vou ao Congresso e falarei aos senhores senadores com o respeito que eles merecem", disse a presidente afastada (Ueslei Marcelino / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 21h04.

Brasília - A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 17, que a especulação em torno da sua ida ou não ao Senado para fazer a sua defesa foi o "último bullyng" que sofreu e ressaltou que não tem receio de que os parlamentares a constranjam durante sua passagem pelo Congresso.

"O último bullying é que eu não iria no Congresso falar diante dos senadores. Errado. Eu vou ao Congresso e falarei aos senhores senadores com o respeito que eles merecem", disse, durante Encontro com Movimentos de Mulheres no Palácio da Alvorada.

"E em relação à conduta dos senadores não tenho nenhum temor. Acredito que diante dos olhos do mundo será importante que o Senado Brasileiro honre sua tradição histórica", completou a presidente.

Um dia após ler a sua mensagem aos senadores e ao povo brasileiro, a assessoria de imprensa de Dilma confirmou que ela havia decidido fazer pessoalmente a sua defesa.

Conforme revelou a Coluna do Estadão, Dilma já está redigindo o seu pronunciamento e no Senado terá a opção de apenas discursar e se retirar da sessão. O julgamento final do impeachment começa no dia 25. A previsão é que a presidente afastada apresente sua defesa no dia 29.

Carta

Ontem, durante a leitura da carta, Dilma defendeu a convocação de um plebiscito para encurtar o seu mandato e antecipar as eleições de 2018, pregou um pacto pela unidade nacional e disse que sua deposição seria um "inequívoco golpe".

Dilma se definiu como "honesta e inocente", admitiu erros e afirmou não ser legítimo afastá-la pelo "conjunto da obra".

"Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo "conjunto da obra" (...). Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de Estado", disse a petista.

"O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta."

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffImpeachmentPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSenado

Mais de Brasil

Até quando vai o frio em Belo Horizonte? Veja a previsão do clima desta quinta-feira

Polícia Federal indicia ex-presidente Jair Bolsonaro por caso das joias, diz jornal

Governo do RS inaugura 1ª cidade provisória para acolher vítimas das enchentes

André Mendonça suspende regra do TSE que pune federação se partido deixar de prestar contas

Mais na Exame