Dilma recebe o Bom Senso F.C.
Dez jogadores de grandes e pequenos times estiveram hoje no Palácio do Planalto para apresentar as principais reivindicações do grupo Bom Senso F.C.
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2014 às 21h02.
Após se encontrar com representantes do movimento Bom Senso F.C., a presidente Dilma Rousseff disse estar estarrecida com a situação dos jogadores de futebol que ficam sem receber salários por vários meses de seus clubes, segundo relato dos atletas presentes.
Dez jogadores de grandes e pequenos times, alguns com passagem pela seleção brasileira, estiveram hoje (26) no Palácio do Planalto para apresentar as principais reivindicações do grupo, cuja petição já tem a assinatura de mais de 1,2 mil atletas.
“Ela está estarrecida com a falta de compromisso dos clubes brasileiros em relação a salários. A presidente não imaginava que existisse no Brasil, o país do futebol, tantos clubes com salários atrasados”, afirmou Ruy Bueno Neto, atualmente sem time, que jogou dez anos na série A antes de se “deparar com a realidade do futebol brasileiro” [fora da elite], na qual, dos últimos nove meses trabalhados, recebeu por apenas três.
Segundo Alex, meio-campo do Coritiba e que já atuou pela seleção, Dilma teve essa reação pois não conhecia, até o momento, a situação.
“Ela se mostrou estarrecida com o que ouviu, porque de repente não tinha esse conhecimento, principalmente com a Justiça do Trabalho, onde muitas vezes os jogadores recorrem e demoram muito tempo para ter os valores a que têm direito recebidos”, disse.
Os atletas concentraram suas demandas no compromisso para que seja aprovada a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) do Esporte e para que se amplie a participação dos atletas nas decisões dos clubes.
Segundo o secretário nacional do Futebol do Ministério do Esporte, Antônio do Nascimento Filho, um grupo de trabalho deve ser criado, com a participação do ministério, para que sejam propostas medidas sobre essas e outras questões “o mais rápido possível”.
Segundo os atletas, esse grupo também pretende criar o Plano Nacional de Desenvolvimento do Futebol.
Sobre a LRF, o objetivo, segundo Nascimento Filho, é fortalecer o pagamento de salários na elaboração da lei.
“Tentar direcionar o pagamento dos clubes, já que devem ao governo, para que o pagamento de salários atrasados tenham uma certa prioridade”, disse o secretário.
Além de comemorar o encontro com a presidente e demonstrar otimismo com as discussões, os atletas disseram que podem voltar a promover atos como os que organizaram durante o Campeonato Brasileiro de 2013.
“O pensamento nosso sempre foi de diálogo. Se não ocorrer nenhuma mudança no cenário nacional especificamente para esses atletas de menor porte, com certeza vamos fazer alguma coisa de importante, mas isso só depois da Copa”, afirmou Dida, goleiro do Internacional e campeão mundial de futebol em 2002.
A respeito do Mundial, os jogadores afirmaram que o único ponto discutido no encontro com Dilma foi a violência entre as torcidas, que, segundo Alex, poderia ser facilitada por causa do formato e da estrutura de alguns dos estádios construídos para a Copa.
“Ela realmente se mostra preocupada com a situação, para que a gente evite isso, diminua [a violência]. Principalmente para que cenas como aquela que a gente viu não se repitam”, disse, em referência à morte de um torcedor após ser atingido por um vaso sanitário durante jogo entre o Sport e o Santa Cruz, pela série B do Brasileirão, no início deste mês.
Após se encontrar com representantes do movimento Bom Senso F.C., a presidente Dilma Rousseff disse estar estarrecida com a situação dos jogadores de futebol que ficam sem receber salários por vários meses de seus clubes, segundo relato dos atletas presentes.
Dez jogadores de grandes e pequenos times, alguns com passagem pela seleção brasileira, estiveram hoje (26) no Palácio do Planalto para apresentar as principais reivindicações do grupo, cuja petição já tem a assinatura de mais de 1,2 mil atletas.
“Ela está estarrecida com a falta de compromisso dos clubes brasileiros em relação a salários. A presidente não imaginava que existisse no Brasil, o país do futebol, tantos clubes com salários atrasados”, afirmou Ruy Bueno Neto, atualmente sem time, que jogou dez anos na série A antes de se “deparar com a realidade do futebol brasileiro” [fora da elite], na qual, dos últimos nove meses trabalhados, recebeu por apenas três.
Segundo Alex, meio-campo do Coritiba e que já atuou pela seleção, Dilma teve essa reação pois não conhecia, até o momento, a situação.
“Ela se mostrou estarrecida com o que ouviu, porque de repente não tinha esse conhecimento, principalmente com a Justiça do Trabalho, onde muitas vezes os jogadores recorrem e demoram muito tempo para ter os valores a que têm direito recebidos”, disse.
Os atletas concentraram suas demandas no compromisso para que seja aprovada a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) do Esporte e para que se amplie a participação dos atletas nas decisões dos clubes.
Segundo o secretário nacional do Futebol do Ministério do Esporte, Antônio do Nascimento Filho, um grupo de trabalho deve ser criado, com a participação do ministério, para que sejam propostas medidas sobre essas e outras questões “o mais rápido possível”.
Segundo os atletas, esse grupo também pretende criar o Plano Nacional de Desenvolvimento do Futebol.
Sobre a LRF, o objetivo, segundo Nascimento Filho, é fortalecer o pagamento de salários na elaboração da lei.
“Tentar direcionar o pagamento dos clubes, já que devem ao governo, para que o pagamento de salários atrasados tenham uma certa prioridade”, disse o secretário.
Além de comemorar o encontro com a presidente e demonstrar otimismo com as discussões, os atletas disseram que podem voltar a promover atos como os que organizaram durante o Campeonato Brasileiro de 2013.
“O pensamento nosso sempre foi de diálogo. Se não ocorrer nenhuma mudança no cenário nacional especificamente para esses atletas de menor porte, com certeza vamos fazer alguma coisa de importante, mas isso só depois da Copa”, afirmou Dida, goleiro do Internacional e campeão mundial de futebol em 2002.
A respeito do Mundial, os jogadores afirmaram que o único ponto discutido no encontro com Dilma foi a violência entre as torcidas, que, segundo Alex, poderia ser facilitada por causa do formato e da estrutura de alguns dos estádios construídos para a Copa.
“Ela realmente se mostra preocupada com a situação, para que a gente evite isso, diminua [a violência]. Principalmente para que cenas como aquela que a gente viu não se repitam”, disse, em referência à morte de um torcedor após ser atingido por um vaso sanitário durante jogo entre o Sport e o Santa Cruz, pela série B do Brasileirão, no início deste mês.