Brasil

Dilma defende política externa atual e parceria com Mercosul

Dilma defendeu relações comerciais com o Mercosul e com o Brics, bloco do qual o Brasil faz parte, junto com a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul

Dilma Rousseff: presidente negou que haja questões ideológicas nessas parcerias (Ichiro Guerra/Dilma 13)

Dilma Rousseff: presidente negou que haja questões ideológicas nessas parcerias (Ichiro Guerra/Dilma 13)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 20h15.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT, afirmou hoje (8) que o Brasil nunca mais poderá voltar à situação em que dava as costas para a América Larina e se preocupava somente com os Estados Unidos e a Europa.

Ela defendeu as relações comerciais com os países do Mercosul e com o Brics, bloco do qual o Brasil faz parte, junto com a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul

Dilma negou que haja questões ideológicas nessas parcerias.

“Ninguém pode minimizar a importância da América Latina para Brasil, o maior país da região. Nenhum país com o tamanho do Brasil, com uma região como essa, pode se dar o luxo de dar as costas para quem quer que seja”, disse a candidata a jornalistas nesta tarde, no Palácio da Alvorada.

Segundo ela, diminuir o papel da região é uma “temeridade”.

Segundo a candidata, o comércio com América Latina, a África e a Ásia aumentou em seu governo.

“Oitenta por cento da exportação que fazemos para a América Latina é de manufaturas, valor agregado”, disse ela, enfatizando que reduzir o papel do setor nas parcerias internacionais desfavorece o crescimento da produção e do comércio.

Ainda na linha de defesa da atual política externa, Dilma citou a abertura do mercado brasileiro de carne para a China, o Oriente Médio e a Rússia, e a formação do Banco de Desenvolvimento do Brics, que terá capital inicial de US$ 100 bilhões.

“Imaginem a alavancagem que isso dá em termos de investimento.”

Dilma citou algumas divergências do Brasil com outras nações, como a questão dos direitos humanos, com a China, e a base militar de Guantánamo, com os Estados Unidos, mas disse que as negociações não devem se iniciar com as pautas que separam os dois países.

“Ninguém vai fazer política externa com base em ideologia. […] eu não posso sentar em nenhum país e colocar na pauta as duas coisas que me separam deles”, declarou.

Ainda segundo a presidente, os termos do Mercosul para que seja fechado acordo com a União Europeia estão prontos, restando agora a superação de problemas sobre os produtos agrícolas por parte dos países europeus.

“Então, não é trivial passar o acordo. Não coloquem na conta de quem está pronto problemas de quem não está pronto. […] O problema é este, negociar acordo de livre comércio na Europa requer um tempo, esforço [...]. Quem não participa, acha que é fácil.”

A candidata também defendeu a ida do ex-ministro de Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto para a coordenação de sua campanha.

Ela explicou que a decisão foi tomada na semana passada, antes de virem à tona as informações sobre o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa na Polícia Federal.

“Uma pessoa experimentada, foi vice-governador do Rio Grande do Sul, tem toda uma trajetória política, sabe perfeitamente o que é uma campanha, tem qualificação, é uma pessoa de altíssima qualidade”, disse Dilma, acrescentando que Rossetto é uma pessoa próxima a ela.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffDiplomaciaMercosulPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Convenção para oficializar chapa Boulos-Marta em SP terá Lula e 7 ministros do governo

Convenção do PRTB e disputas judiciais podem barrar Pablo Marçal na disputa em SP; entenda

TSE divulga perfil do eleitor que vai às urnas em outubro; veja qual é

Brasil terá mais de 155 milhões de eleitores nas eleições municipais de 2024

Mais na Exame