Dilma defende política de alianças ao dar posse a Crivella
Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e dirigente do PRB, substituiu no Gabinete o deputado Luiz Sérgio Nóbrega, correligionário de Dilma no PT
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2012 às 19h58.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu sua política de alianças com uma gama larga de partidos para poder governar com maioria no Congresso no discurso que pronunciou nesta sexta-feira ao dar posse a seu novo ministro da Pesca, o senador conservador e pastor evangélico Marcelo Crivella.
Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e dirigente do PRB, substituiu no Gabinete o deputado Luiz Sérgio Nóbrega, correligionário de Dilma no PT.
A presidente admitiu que a nomeação de Crivella representa o retorno do PRB à coalizão de partidos que apoia seu governo e da qual fazem parte desde o PCdoB até o PMDB.
Dilma lembrou que os últimos presidentes brasileiros, incluindo seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, também governaram apoiados por amplas coalizões partidárias.
'Meu governo não pode ser diferente. Este é um país muito complexo, múltiplo e democrático. Por isso, a constituição de alianças políticas é a essência para que o Brasil seja administrado, para que o Brasil seja governado de forma democrática e, ao mesmo tempo, para que o governo represente os interesses da nação', afirmou.
A nomeação de Crivella provocou algumas críticas do PT, que resiste a continuar abrindo espaço no Gabinete para os outros partidos, e foi interpretada como uma estratégia para recuperar apoio entre os evangélicos para as eleições municipais de outubro próximo.
Dilma não conseguiu esconder as lágrimas ao agradecer ao ministro que está saindo.
'Luiz Sérgio, você foi e é um amigo que compreende a natureza de um governo de coalizão, assim como as decisões que a política muitas vezes acaba nos impondo em nome dos interesses do país', assegurou a presidente.
Luiz Sérgio assegurou que reassumirá seu mandato na Câmara dos Deputados para continuar apoiando o governo apesar de ter sido substituído como ministro.
'Na busca de uma coalizão, muitas vezes é necessário substituir pessoas de quem gostamos e de cujo trabalho gostamos. Por isso continuo na Câmara, onde a presidente pode contar comigo em qualquer situação', afirmou Luiz Sérgio em declarações a jornalistas no final da cerimônia.
Crivella, que foi criticado por assumir um cargo como o Ministério da Pesca do qual não tem nenhum conhecimento, admitiu em seu discurso que 'não é um especialista nem sabe colocar a isca no anzol'.
'Mas colocar a isca no anzol se aprende rápido, pensar nos outros é que é difícil', disse.
Nos 14 meses que Dilma está no poder aceitou a renúncia ou destituiu por suposta corrupção sete ministros e no ano passado também perdeu por diferenças públicas com o governo o então titular da Defesa, Nelson Jobim.
Este ano aceitou as demissões dos ministros de Educação, Fernando Haddad, e de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, que abandonaram o governo, pois pretendem ser candidatos a prefeito nas eleições municipais de outubro.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu sua política de alianças com uma gama larga de partidos para poder governar com maioria no Congresso no discurso que pronunciou nesta sexta-feira ao dar posse a seu novo ministro da Pesca, o senador conservador e pastor evangélico Marcelo Crivella.
Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e dirigente do PRB, substituiu no Gabinete o deputado Luiz Sérgio Nóbrega, correligionário de Dilma no PT.
A presidente admitiu que a nomeação de Crivella representa o retorno do PRB à coalizão de partidos que apoia seu governo e da qual fazem parte desde o PCdoB até o PMDB.
Dilma lembrou que os últimos presidentes brasileiros, incluindo seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, também governaram apoiados por amplas coalizões partidárias.
'Meu governo não pode ser diferente. Este é um país muito complexo, múltiplo e democrático. Por isso, a constituição de alianças políticas é a essência para que o Brasil seja administrado, para que o Brasil seja governado de forma democrática e, ao mesmo tempo, para que o governo represente os interesses da nação', afirmou.
A nomeação de Crivella provocou algumas críticas do PT, que resiste a continuar abrindo espaço no Gabinete para os outros partidos, e foi interpretada como uma estratégia para recuperar apoio entre os evangélicos para as eleições municipais de outubro próximo.
Dilma não conseguiu esconder as lágrimas ao agradecer ao ministro que está saindo.
'Luiz Sérgio, você foi e é um amigo que compreende a natureza de um governo de coalizão, assim como as decisões que a política muitas vezes acaba nos impondo em nome dos interesses do país', assegurou a presidente.
Luiz Sérgio assegurou que reassumirá seu mandato na Câmara dos Deputados para continuar apoiando o governo apesar de ter sido substituído como ministro.
'Na busca de uma coalizão, muitas vezes é necessário substituir pessoas de quem gostamos e de cujo trabalho gostamos. Por isso continuo na Câmara, onde a presidente pode contar comigo em qualquer situação', afirmou Luiz Sérgio em declarações a jornalistas no final da cerimônia.
Crivella, que foi criticado por assumir um cargo como o Ministério da Pesca do qual não tem nenhum conhecimento, admitiu em seu discurso que 'não é um especialista nem sabe colocar a isca no anzol'.
'Mas colocar a isca no anzol se aprende rápido, pensar nos outros é que é difícil', disse.
Nos 14 meses que Dilma está no poder aceitou a renúncia ou destituiu por suposta corrupção sete ministros e no ano passado também perdeu por diferenças públicas com o governo o então titular da Defesa, Nelson Jobim.
Este ano aceitou as demissões dos ministros de Educação, Fernando Haddad, e de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, que abandonaram o governo, pois pretendem ser candidatos a prefeito nas eleições municipais de outubro.