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Dilma defende no Mercosul medidas para conter espionagem

Presidente defendeu em cúpula do Mercosul que os países da região precisam preservar sua soberania e a privacidade de seus cidadãos e empresas


	Presidente Dilma Rousseff participa de um encontro com membros do Mercosul ao lado do ministro de relações exteriores em Montevidéu, no Uruguai
 (Nicolas Garrido/Reuters)

Presidente Dilma Rousseff participa de um encontro com membros do Mercosul ao lado do ministro de relações exteriores em Montevidéu, no Uruguai (Nicolas Garrido/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 18h16.

Montevidéu - A presidente Dilma Rousseff defendeu em cúpula do Mercosul que os países da região precisam preservar sua soberania e a privacidade de seus cidadãos e empresas, e que o bloco deve adotar medidas cabíveis para que não se repitam episódios de espionagem como os denunciados recentemente.

"Devemos adotar medidas pertinentes para coibir a repetição de situações como essa", disse Dilma nesta sexta-feira, durante reunião de cúpula do Mercosul em Montevidéu.

"Nós fomos atingidos diretamente pelas recentes denúncias de que as comunicações eletrônicas e telefônicas de cidadãos e instituições de nossos países estão sendo objeto de espionagem por órgãos de inteligência. Isso fere a nossa soberania." Países da América Latina foram envolvidos no caso de suspeitas de espionagem realizadas pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), conforme denúncia do ex-prestador de serviços da agência Edward Snowden, revelada pelo jornal O Globo.

De acordo com novas revelações, a espionagem dos EUA na Internet atingiu países como Colômbia, Venezuela, Brasil e México.

Em seu discurso após reunião dos países do Mercosul, Dilma manifestou solidariedade ao presidente da Bolívia, Evo Morales, cujo avião foi impedido de passar por países europeus na semana passada por suspeitas de que transportava o ex-prestador de serviços da NSA.

Três países da região --Venezuela, Bolívia e Nicarágua-- ofereceram asilo a Snowden, que está numa área de trânsito de um aeroporto de Moscou, depois de ter tido seu passaporte revogado pelos Estados Unidos.

Dilma defendeu o direito de os países concederem asilo.

"Nós devemos valorizar o Mercosul, ele é o melhor caminho para o fortalecimento de nossos países, para o desenvolvimento de nossas economias e para a afirmação da cidadania de nossos países", afirmou.

A presidente destacou também a integração comercial entre os países do bloco, que, segundo ela, ajudou as nações da região a lidar com a crise econômica mundial de 2008. Mas ela defendeu que o Mercosul tenha um cronograma mais acelerado para negociações comerciais com outros países da América do Sul e também com a União Europeia e a África.

O Mercosul é formado por Venezuela, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, que foi reintegrado ao bloco após ter sido suspenso temporariamente.

Dilma defendeu o retorno do Paraguai ao Mercosul, dizendo que o país é parte essencial do destino do bloco.

O Paraguai não participou do encontro em Montevidéu porque foi punido com a suspensão do bloco depois do questionado julgamento político que tirou do cargo o ex-presidente Fernando Lugo no fim de junho do ano passado.

A eleição de Horacio Cartes, que substituirá Federico Franco na Presidência do país, levou os países do Mercosul a reintegrarem o Paraguai ao bloco.

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