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Dilma defende na ONU economia brasileira mais forte

Dilma indicou que o Brasil está em um "momento de transição para um novo ciclo de expansão mais profundo, mais sólido e mais duradouro"

Presidente Dilma na ONU: "Hoje, a economia brasileira é mais forte, sólida e resiliente do que há alguns anos atrás. Temos condições de superar as dificuldades atuais e avançar na trilha do desenvolvimento" (Reuters / Carlo Allegri)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 14h44.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira no plenário da Assembleia Geral da ONU que a economia brasileira é mais forte do que no passado e superará as atuais dificuldades, e convocou a comunidade internacional a abrir os braços aos refugiados.

"Hoje, a economia brasileira é mais forte, sólida e resiliente do que há alguns anos atrás. Temos condições de superar as dificuldades atuais e avançar na trilha do desenvolvimento", afirmou a presidente, primeira líder mundial a falar no grande encontro das Nações Unidas em Nova York.

Dilma indicou que o Brasil está em um "momento de transição para um novo ciclo de expansão mais profundo, mais sólido e mais duradouro".

Atingido pela pior crise econômica em anos, com o país em recessão e com o real em seu valor mais baixo na história, o governo de Dilma foi afetado por graves casos de corrupção, como o da Petrobras.

"O governo e a sociedade brasileiros não toleram e não tolerarão a corrupção. A democracia brasileira se fortalece quando a autoridade assume o limite da lei como o seu próprio limite", declarou.

Segundo ela, "a lenta recuperação da economia mundial e o fim do superciclo das commodities incidiram negativamente sobre nosso crescimento".

"A desvalorização cambial e as pressões recessivas produziram inflação e forte queda da arrecadação, levando a restrições nas contas públicas", disse, ressaltando que para responder a esta situação "estamos reequilibrando o nosso orçamento e assumimos uma forte redução de nossas despesas, do gasto de custeio e até de parte do investimento".

Dilma dedicou a primeira parte de seu discurso à situação mundial, saudando o "estabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos" e pedindo que esta nova situação seja completada com o fim do embargo ao qual Washington submete a ilha há mais de meio século.

Além disso, defendeu os refugiados que fogem do Oriente Médio e da África e disse que "é absurdo impedir o livre trânsito de pessoas".

"O Brasil é um país de acolhimento, um país formado por refugiados. Recebemos sírios, haitianos, homens e mulheres de todo o mundo, assim como abrigamos, há mais de um século, milhões de europeus, árabes e asiáticos. Estamos abertos, de braços abertos para receber refugiados. Somos um país multiétnico", disse enquanto a União Europeia (UE) se divide sobre esta questão.

Ao se referir a uma das razões para este fluxo de milhares de pessoas, Dilma disse que "não se pode ter complacência com tais atos de barbárie, como aqueles perpetrados pelo chamado Estado Islâmico e por outros grupos associados" que atingem a Síria e o Iraque.

Pedido de reformas

Dilma voltou a ressaltar um dos eixos da política externa brasileira, a reforma da ONU com a ampliação de seu Conselho de Segurança, advertindo que "a maioria dos Estados-membros não quer que uma decisão a esse respeito possa ser eternamente adiada".

"Seu Conselho de Segurança necessita ampliar seus membros permanentes e não permanentes para tornar-se mais representativo, mais legítimo e eficaz", disse.

O órgão máximo de decisão da ONU é integrado por cinco membros permanentes com veto (Estados Unidos, Reino Unido, França e Rússia - potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial - além da China) e por dez membros rotativos por dois anos eleitos por regiões.

"Não se pode postergar, por exemplo, a criação de um Estado Palestino que conviva pacífica e harmonicamente com Israel. Da mesma forma, não é tolerável a expansão de assentamentos nos territórios ocupados", afirmou.

Por último, Dilma lembrou o grande esforço do Brasil na luta contra as mudanças climáticas sem colocar em risco o desenvolvimento do país.

A presidente indicou no domingo em Nova York que o Brasil reduzirá a contaminação de gases de efeito estufa em 37% para 2025 e 43% para 2030, ao anunciar no domingo as propostas do paíss para a Conferência de Paris (COP 21) sobre o clima.

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira no plenário da Assembleia Geral da ONU que a economia brasileira é mais forte do que no passado e superará as atuais dificuldades, e convocou a comunidade internacional a abrir os braços aos refugiados.

"Hoje, a economia brasileira é mais forte, sólida e resiliente do que há alguns anos atrás. Temos condições de superar as dificuldades atuais e avançar na trilha do desenvolvimento", afirmou a presidente, primeira líder mundial a falar no grande encontro das Nações Unidas em Nova York.

Dilma indicou que o Brasil está em um "momento de transição para um novo ciclo de expansão mais profundo, mais sólido e mais duradouro".

Atingido pela pior crise econômica em anos, com o país em recessão e com o real em seu valor mais baixo na história, o governo de Dilma foi afetado por graves casos de corrupção, como o da Petrobras.

"O governo e a sociedade brasileiros não toleram e não tolerarão a corrupção. A democracia brasileira se fortalece quando a autoridade assume o limite da lei como o seu próprio limite", declarou.

Segundo ela, "a lenta recuperação da economia mundial e o fim do superciclo das commodities incidiram negativamente sobre nosso crescimento".

"A desvalorização cambial e as pressões recessivas produziram inflação e forte queda da arrecadação, levando a restrições nas contas públicas", disse, ressaltando que para responder a esta situação "estamos reequilibrando o nosso orçamento e assumimos uma forte redução de nossas despesas, do gasto de custeio e até de parte do investimento".

Dilma dedicou a primeira parte de seu discurso à situação mundial, saudando o "estabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos" e pedindo que esta nova situação seja completada com o fim do embargo ao qual Washington submete a ilha há mais de meio século.

Além disso, defendeu os refugiados que fogem do Oriente Médio e da África e disse que "é absurdo impedir o livre trânsito de pessoas".

"O Brasil é um país de acolhimento, um país formado por refugiados. Recebemos sírios, haitianos, homens e mulheres de todo o mundo, assim como abrigamos, há mais de um século, milhões de europeus, árabes e asiáticos. Estamos abertos, de braços abertos para receber refugiados. Somos um país multiétnico", disse enquanto a União Europeia (UE) se divide sobre esta questão.

Ao se referir a uma das razões para este fluxo de milhares de pessoas, Dilma disse que "não se pode ter complacência com tais atos de barbárie, como aqueles perpetrados pelo chamado Estado Islâmico e por outros grupos associados" que atingem a Síria e o Iraque.

Pedido de reformas

Dilma voltou a ressaltar um dos eixos da política externa brasileira, a reforma da ONU com a ampliação de seu Conselho de Segurança, advertindo que "a maioria dos Estados-membros não quer que uma decisão a esse respeito possa ser eternamente adiada".

"Seu Conselho de Segurança necessita ampliar seus membros permanentes e não permanentes para tornar-se mais representativo, mais legítimo e eficaz", disse.

O órgão máximo de decisão da ONU é integrado por cinco membros permanentes com veto (Estados Unidos, Reino Unido, França e Rússia - potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial - além da China) e por dez membros rotativos por dois anos eleitos por regiões.

"Não se pode postergar, por exemplo, a criação de um Estado Palestino que conviva pacífica e harmonicamente com Israel. Da mesma forma, não é tolerável a expansão de assentamentos nos territórios ocupados", afirmou.

Por último, Dilma lembrou o grande esforço do Brasil na luta contra as mudanças climáticas sem colocar em risco o desenvolvimento do país.

A presidente indicou no domingo em Nova York que o Brasil reduzirá a contaminação de gases de efeito estufa em 37% para 2025 e 43% para 2030, ao anunciar no domingo as propostas do paíss para a Conferência de Paris (COP 21) sobre o clima.

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