Presidente Dilma Rousseff: "Tenho de preservar o fato de que o Brasil precisa dessa investigação” (José Cruz / Agência Brasil)
Rita Azevedo
Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 13h03.
São Paulo – A presidente Dilma Rousseff defendeu, nesta sexta-feira, a operação Lava Jato, mas disse que “assim como qualquer coisa na vida”, as investigações “não estão acima de qualquer suspeita”.
"Tenho de preservar o fato de que o Brasil precisa dessa investigação”, disse ela, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Dilma também disse não concordar com o vazamento de trechos de delações. Para ela, esses são "pontos fora da curva" que devem ser “colocados dentro da curva".
Crise econômica
Questionada sobre o futuro da Petrobras, a presidente classificou como um "escândalo" apostar em uma falência da empresa. "Nem em 2016, nem em 2017, nem em 2018", afirmou ao jornal.
Sobre a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, Dilma afirmou que não houve nenhum tipo de pressão sobre o órgão.
Admitiu, no entanto, que se encontrou com o presidente do BC, Alexandre Tombini. O motivo da conversa, segundo Dilma, foi a participação do Brasil no Fórum Econômico Mundial, em Davos.