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Dilma critica ausência de negros e mulheres no governo

A presidente denunciou o que chamou de "golpe do machismo" da oposição que quer tirá-la do poder e criticou a ausência de negros e mulheres no governo Temer

A presidente Dilma Rousseff: "esse golpe é do machismo, é contra as mulheres, é o golpe do preconceito. Querem que (as mulheres) sejam belas, recatadas e do lar" (EVARISTO SA/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2016 às 21h47.

São Paulo - A presidente afastada, Dilma Rousseff , denunciou nesta sexta-feira o que chamou de "golpe do machismo" da oposição que quer tirá-la definitivamente do poder e criticou a ausência de negros e mulheres no governo do presidente interino, Michel Temer .

"Esse golpe é do machismo, é contra as mulheres, é o golpe do preconceito. Querem que (as mulheres) sejam belas, recatadas e do lar", afirmou Dilma durante um ato a favor da democracia promovido em São Paulo pelas mulheres do movimento Frente Brasil Popular SP.

Segundo Dilma, esse "governo golpista", que chegou ao poder em maio, "não tem mulheres, não tem negros" e acrescentou que "eles são conservadores com relação aos direitos sociais. Têm um imenso preconceito contra as mulheres, os negros e os LGBT".

Em seu discurso perante várias centenas de mulheres que se reuniram na Casa de Portugal, localizada no bairro da Liberdade, Dilma criticou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que estava afastado do cargo por suspeitas de corrupção e renunciou ao cargo ontem.

"Cunha chora lágrimas de crocodilo. Ele tem conta na Suíça e é investigado por desvios. Diz que o grande mérito dele foi ter aprovado o golpe", ressaltou Dilma.

A governante afastada do cargo reiterou que se manterá na luta para retornar ao poder que lhe foi outorgado "democraticamente".

"Eles esperavam que eu incomodasse menos, que renunciasse, que abandonasse a luta. Eles acham que nós (mulheres) somos frágeis. Somos sensíveis, determinadas e fortes e vou lutar todos os dias da minha vida. Não entrego o jogo. Eu tenho honra e dignidade", bradou.

"É grave a situação deste país. É um golpe travestido de impeachment. É uma eleição indireta, porque eles jamais teriam os votos da população", criticou Dilma, que voltou a chamar Temer de "golpista e usurpador".

Na saída do local, Dilma cumprimentou cerca de 500 pessoas que não conseguiram entrar e acompanharam seu discurso do lado de fora por meio de alto-falantes.

Antes do encontro com as mulheres, Dilma visitou um conjunto residencial do programa Minha Casa, Minha Vida na cidade de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

No ato, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Dilma expressou sua confiança de que voltará à presidência e criticou o governo interino por querer "tirar dos mais pobres o direito da casa própria".

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São Paulo - A presidente afastada, Dilma Rousseff , denunciou nesta sexta-feira o que chamou de "golpe do machismo" da oposição que quer tirá-la definitivamente do poder e criticou a ausência de negros e mulheres no governo do presidente interino, Michel Temer .

"Esse golpe é do machismo, é contra as mulheres, é o golpe do preconceito. Querem que (as mulheres) sejam belas, recatadas e do lar", afirmou Dilma durante um ato a favor da democracia promovido em São Paulo pelas mulheres do movimento Frente Brasil Popular SP.

Segundo Dilma, esse "governo golpista", que chegou ao poder em maio, "não tem mulheres, não tem negros" e acrescentou que "eles são conservadores com relação aos direitos sociais. Têm um imenso preconceito contra as mulheres, os negros e os LGBT".

Em seu discurso perante várias centenas de mulheres que se reuniram na Casa de Portugal, localizada no bairro da Liberdade, Dilma criticou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que estava afastado do cargo por suspeitas de corrupção e renunciou ao cargo ontem.

"Cunha chora lágrimas de crocodilo. Ele tem conta na Suíça e é investigado por desvios. Diz que o grande mérito dele foi ter aprovado o golpe", ressaltou Dilma.

A governante afastada do cargo reiterou que se manterá na luta para retornar ao poder que lhe foi outorgado "democraticamente".

"Eles esperavam que eu incomodasse menos, que renunciasse, que abandonasse a luta. Eles acham que nós (mulheres) somos frágeis. Somos sensíveis, determinadas e fortes e vou lutar todos os dias da minha vida. Não entrego o jogo. Eu tenho honra e dignidade", bradou.

"É grave a situação deste país. É um golpe travestido de impeachment. É uma eleição indireta, porque eles jamais teriam os votos da população", criticou Dilma, que voltou a chamar Temer de "golpista e usurpador".

Na saída do local, Dilma cumprimentou cerca de 500 pessoas que não conseguiram entrar e acompanharam seu discurso do lado de fora por meio de alto-falantes.

Antes do encontro com as mulheres, Dilma visitou um conjunto residencial do programa Minha Casa, Minha Vida na cidade de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

No ato, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Dilma expressou sua confiança de que voltará à presidência e criticou o governo interino por querer "tirar dos mais pobres o direito da casa própria".

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