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Dilma avisa Temer que Cidades continua com PP

O PMDB estava de olho na pasta, mas a presidente disse que a cadeira não entrará na negociação com os partidos da base aliada na reforma ministerial

Dilma Rousseff: além disso, o PP está de olho no Ministério da Integração Nacional, outro objeto de desejo do PMDB  (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 09h12.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff decidiu deixar o Ministério das Cidades sob comando do PP, partido que já ocupa esse posto desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva. O PMDB estava de olho na pasta, mas Dilma disse ao vice-presidente Michel Temer na noite desta segunda-feira, 13, que essa cadeira não entrará na negociação com os partidos da base aliada na reforma ministerial a ser feita até março.

O primeiro integrante do primeiro escalão a deixar o cargo, no início de fevereiro, será a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que vai reassumir o mandato de senadora e depois disputará o governo do Paraná pelo PT.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, substituirá Gleisi na Casa Civil. Embora Dilma queira manter o nome do sucessor de Gleisi em segredo, as equipes da Casa Civil e do MEC já estão fazendo reuniões para a transição.

Além de Gleisi e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha - que também deve sair em fevereiro, após acompanhar Dilma em viagem a Havana (Cuba) no fim do mês -, os outros auxiliares que concorrerão às eleições deixarão as pastas em março. Padilha será candidato do PT à sucessão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

A disputa entre o PMDB e o PP, comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI), ficou acirrada nos últimos tempos e incluiu até acusações mútuas de sabotagem para a liberação de emendas parlamentares.

Além disso, o PP está de olho no Ministério da Integração Nacional, objeto de desejo do PMDB e responsável por uma das mais importantes obras do governo, a transposição do Rio São Francisco.


Até setembro, a pasta estava sob influência do PSB, presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que deve disputa o Planalto contra Dilma.

Contemplar o PP tornou-se importante para a presidente por causa da propaganda eleitoral. Em 2010, o partido ficou neutro na disputa, mas desta vez o PT espera contar com o tempo de TV dos aliados.

Pretensões

Temer vai se reunir amanhã à noite com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL), e também com os líderes do PMDB nas duas Casas, para conversar sobre as pretensões do partido na Esplanada.

Dilma deve aceitar a indicação do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para ocupar a Integração Nacional, mas não quer saber de briga pelo espólio de Cidades. O atual ministro da pasta, Aguinaldo Ribeiro (PB), sairá da Esplanada porque vai concorrer à eleição para deputado federal, mas o PP continuará controlando a pasta - a única sob comando do partido.

"Haverá mais duas ou três rodadas de conversa com o PMDB sobre reforma ministerial", afirmou o senador Valdir Raupp (RO), presidente do partido. "Não há pressão nem pressa." Atualmente, o PMDB controla cinco ministérios (Minas e Energia, Previdência, Turismo, Aviação Civil e Agricultura). Deve sair da reforma com seis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff decidiu deixar o Ministério das Cidades sob comando do PP, partido que já ocupa esse posto desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva. O PMDB estava de olho na pasta, mas Dilma disse ao vice-presidente Michel Temer na noite desta segunda-feira, 13, que essa cadeira não entrará na negociação com os partidos da base aliada na reforma ministerial a ser feita até março.

O primeiro integrante do primeiro escalão a deixar o cargo, no início de fevereiro, será a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que vai reassumir o mandato de senadora e depois disputará o governo do Paraná pelo PT.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, substituirá Gleisi na Casa Civil. Embora Dilma queira manter o nome do sucessor de Gleisi em segredo, as equipes da Casa Civil e do MEC já estão fazendo reuniões para a transição.

Além de Gleisi e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha - que também deve sair em fevereiro, após acompanhar Dilma em viagem a Havana (Cuba) no fim do mês -, os outros auxiliares que concorrerão às eleições deixarão as pastas em março. Padilha será candidato do PT à sucessão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

A disputa entre o PMDB e o PP, comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI), ficou acirrada nos últimos tempos e incluiu até acusações mútuas de sabotagem para a liberação de emendas parlamentares.

Além disso, o PP está de olho no Ministério da Integração Nacional, objeto de desejo do PMDB e responsável por uma das mais importantes obras do governo, a transposição do Rio São Francisco.


Até setembro, a pasta estava sob influência do PSB, presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que deve disputa o Planalto contra Dilma.

Contemplar o PP tornou-se importante para a presidente por causa da propaganda eleitoral. Em 2010, o partido ficou neutro na disputa, mas desta vez o PT espera contar com o tempo de TV dos aliados.

Pretensões

Temer vai se reunir amanhã à noite com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL), e também com os líderes do PMDB nas duas Casas, para conversar sobre as pretensões do partido na Esplanada.

Dilma deve aceitar a indicação do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para ocupar a Integração Nacional, mas não quer saber de briga pelo espólio de Cidades. O atual ministro da pasta, Aguinaldo Ribeiro (PB), sairá da Esplanada porque vai concorrer à eleição para deputado federal, mas o PP continuará controlando a pasta - a única sob comando do partido.

"Haverá mais duas ou três rodadas de conversa com o PMDB sobre reforma ministerial", afirmou o senador Valdir Raupp (RO), presidente do partido. "Não há pressão nem pressa." Atualmente, o PMDB controla cinco ministérios (Minas e Energia, Previdência, Turismo, Aviação Civil e Agricultura). Deve sair da reforma com seis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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