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Dilma agradece apoio da França à defesa da privacidade

A presidente afirmou ainda que concordou com Hollande sobre "a urgência de agir conjuntamente contra as mudanças climáticas"


	Dilma Rousseff: "Reiterei [a Hollande] a expectativa de contar com uma representação francesa em reunião sobre o futuro da internet, que realizaremos em abril, em São Paulo"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: "Reiterei [a Hollande] a expectativa de contar com uma representação francesa em reunião sobre o futuro da internet, que realizaremos em abril, em São Paulo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 14h53.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff agradeceu nesta quinta-feira, 12, o apoio da França à "bem-sucedida iniciativa brasileira e alemã em defesa da privacidade na era digital". "Reiterei (ao presidente François Hollande) a expectativa de contar com uma representação francesa em reunião sobre o futuro da internet, que realizaremos em abril, em São Paulo", disse Dilma, em declaração ao lado do francês, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Após as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos, o Brasil e a Alemanha apresentaram à Organização das Nações Unidas (ONU) uma resolução pedindo que seja assegurada a privacidade das comunicações eletrônicas. "Muito nos interessa uma parceria com a França em todas as áreas que dizem respeito à defesa cibernética", disse.

A presidente afirmou ainda que concordou com Hollande sobre "a urgência de agir conjuntamente contra as mudanças climáticas". "COP 21 vai representar uma oportunidade importante para avançarmos nas negociações de um novo ambiente legal para a necessária redução das emissões de gases de efeito-estufa", afirmou ela.

Cenário

Dilma declarou também que o cenário de investimentos entre o Brasil e a França "é estratégico e promissor". A presidente destacou a participação de uma empresa francesa, a Total, no consórcio que venceu o leilão do Campo de Libra, na área do pré-sal. "Isso ilustra a opção cada vez mais clara do empresariado francês de olhar a prosperidade de suas companhias ligadas ao dinamismo do mercado brasileiro", acredita.

Sobre a presença de empresas francesas no Brasil, a presidente lembrou ainda a expansão da aliança empresarial Renault-Nissan numa fábrica em Resende (RJ), com investimento de R$ 6 bilhões, no âmbito do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar Auto). Além do mais, Dilma citou a presença do grupo Casino no setor de supermercados.

A presidente explicou ainda que, apesar da crise econômica, o comércio Brasil-França tem crescido nos últimos cinco anos. "Reiterei nesse contexto o interesse do Brasil no avanço das negociações Mercosul (Mercado Comum do Sul) e União Europeia (UE)", prosseguiu. "Com vistas à obtenção de um acordo mutuamente vantajoso", afirmou Dilma, que também agradeceu o apoio francês ao programa Ciências sem Fronteiras.

Esforços diplomáticos

A presidente acentuou que o país continua a apoiar "esforços diplomáticos" para pôr fim ao conflito na Síria. "Ressaltamos os efeitos encorajadores da destruição do arsenal químico na Síria", acrescentou. "O Brasil continua apoiando esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito (na Síria) bem como a urgência em fazer terminar a crise humanitária no País."

Dilma também adiantou que conversou com Hollande sobre as negociações em torno do programa nuclear do Irã, nas quais "a França tem um papel importante". "Há expectativa do Brasil por uma conclusão satisfatória de um acordo que atenda às preocupações da comunidade internacional e respeite o direito do Irã ao uso pacífico da energia nuclear", apontou. O presidente da França realiza visita de Estado de dois dias ao Brasil. Além da capital federal, Hollande passará por São Paulo.

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