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Dilma acha ridículo associar pesquisas a movimento na bolsa

O mercado financeiro, principalmente os investidores da Bovespa, tem reagido às pesquisas negativamente desde o fim de março

Dilma: "Especulação tem limite e acho que tem gente ganhando com isso" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 15h14.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff , que tenta a reeleição pelo PT , considerou "ridícula" a vinculação das oscilações da bolsa às divulgações das pesquisas eleitorais nesta sexta-feira.

O mercado financeiro, principalmente os investidores da Bovespa, tem reagido às pesquisas negativamente desde o fim de março, quando a presidente apresentou melhora nas intenções de voto.

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"Está ficando ridículo isso. Especulação tem limite, tá? Especulação tem limite e acho que tem gente ganhando com isso", disse a presidente a jornalistas no Palácio da Alvorada.

"Eu acho ótima a reação da bolsa, quando a bolsa cai eu falo: 'será que eu subi?'", afirmou. "Eu acho desagradável o fato de achar que uma coisa está vinculada à outra, quando sobe ou quando desce."

As ações de empresas estatais como as da Petrobras também têm reagido a pesquisas eleitorais, diante da expectativa do mercado de mudanças na administração da petroleira com um eventual novo governo.

A Petrobras tem ocupado o centro de denúncias de supostas irregularidades, renovadas no início do mês com reportagem da revista Veja, que aponta o suposto pagamento de propina a partidos e políticos da base aliada que teria sido revelado em depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.

Reportagem do Jornal Nacional exibida na quinta-feira afirma ainda que o ex-diretor teria dito a investigadores que houve um esquema de corrupção envolvendo a compra de refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras e que ele próprio recebeu 1,5 milhão de reais.

Costa foi preso durante operação da Polícia Federal Lava Jato, que investiga lavagem de dinheiro.

Questionada sobre a nova informação envolvendo a refinaria, Dilma voltou a dizer que defende a investigação rigorosa, mas que não poderá tomar medidas enquanto não tiver acesso aos dados oficiais sobre o caso.

"Quando sai uma denúncia na Veja ou em qualquer outro jornal, eu não tomo medida -- porque eu sou presidenta da República -- baseada no 'disse me disse'", explicou.

Dilma afirmou já ter pedido informações à Polícia Federal e ao Ministério Público, solicitações que foram negadas pelo fato de a investigação ainda estar em curso, segundo a presidente.

"Agora pedirei para o juiz. Quem é o juiz? Neste caso é o ministro do Supremo (Tribunal Federal) Teori Zavascki", disse.

"Quero ser informada se no governo tem alguém envolvido. Eu não tenho por que dizer (que) tem alguém evolvido, porque eu não reconheço na revista Veja, nem em nenhum órgão de imprensa, o status que tem Polícia Federal, o Ministério Público e o Supremo."

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira mostrou que Dilma ganhou vantagem contra a candidata Marina Silva (PSB) no primeiro turno em relação a levantamento anterior.

A presidente passou de 36 por cento para 37 por cento, enquanto Marina caiu de 33 para 30 por cento. O candidato do PSDB, Aécio Neves, permanece em terceiro lugar, com 17 por cento das intenções de voto.

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