Desemprego perto do teto
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta sexta-feira os números do desemprego para o trimestre entre dezembro e fevereiro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Depois de atingir 12,6% da população entre novembro e janeiro, o número de brasileiros desempregados deve chegar a 13% – ou 13,3 milhões de […]
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2017 às 06h53.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h52.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta sexta-feira os números do desemprego para o trimestre entre dezembro e fevereiro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Depois de atingir 12,6% da população entre novembro e janeiro, o número de brasileiros desempregados deve chegar a 13% – ou 13,3 milhões de pessoas. Esse é o maior número desde que a pesquisa passou a ser divulgada pelo IBGE com essa metodologia, em 2012.
Como a taxa é calculada sobre pessoas que estão ativamente em busca de emprego nos últimos 30 dias, conforme a economia se recupera, pessoas que estavam fora do mercado voltam a tentar se recolocar. Isso pode fazer com que os números demorem um pouco a regressar ao patamar saudável, mas a sensação do mercado quanto ao desemprego melhora mais rapidamente. De acordo com projeções da consultoria Go Associados, em março o desemprego pode chegar a 13,3% ou 13,4% da população, número que se mantém em abril e começa a recuar a partir de maio.
Na quarta, o governo anunciou o fim das desonerações sobre folhas de pagamento e tanto associações de indústria como de comércio por todo o país reclamaram, alegando que a medida foi tomada em momento inoportuno. Ela forçaria demissões e atrasaria a recuperação econômica. Alguns analistas, por sua vez, não creem que isso influencie o número de desempregados. “O ajuste no mercado de trabalho foi tão forte por causa da crise que não acho que sobre algo para ser feito por causa do fim das desonerações. Se houver, não será significativo”, diz Luiz Fernando Castelli, economista da Go Associados.
Para o final do ano, a estimativa é que a taxa de desemprego apresentada pelo IBGE fique em torno de 12,5%. Seria uma ótima notícia.