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Deputado relata conversa ruim com Garotinho para mudar voto

Deputados do PR e do PMDB disseram ter ouvido rumores de que parlamentares estariam recebendo oferta de dinheiro para votar contra o impeachment

Garotinho: o deputado Paulo Feijó (PR-RJ) relatou a colegas de partido que teve uma conversa "muito ruim" com o ex-deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) (Bloomberg News)
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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2016 às 20h29.

Brasília - O deputado Paulo Feijó (PR-RJ) relatou a colegas de partido que teve uma conversa "muito ruim" com o ex-deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), que tentou mudar sua posição a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff . O deputado confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que foi chamado para uma reunião com pessoas do seu partido e que, nessa ocasião, lhe ofereceram conversar com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva . Feijó, no entanto, não diz quem foram os interlocutores.

Deputados do PR e do PMDB disseram ter ouvido rumores de que parlamentares estariam recebendo oferta de dinheiro para votar contra o impeachment. A cifra chegaria a R$ 2 milhões por voto, dinheiro para financiar campanhas eleitorais.

Feijó nega que tenham lhe oferecido valores. "Me convidaram para ir na Dilma, no Lula. Eu disse que não perdessem tempo comigo, não. Fiquei chateado com isso. Começaram a divulgar que eu tinha mudado minha posição. Eu voto a favor do impeachment", disse. "Quero andar de cabeça erguida. Se votar contra, não poderei nem sair na rua."

A reportagem não conseguiu contato com o ex-deputado. A filha de Garotinho, Clarissa (PR-RJ), se licenciou do mandato e não participará da votação. A ausência ajuda o governo, que precisa impedir que a oposição alcance 342 votos.

Diante da informação de que Feijó poderia mudar de lado, deputados do PR pró-impeachment passaram a madrugada com ele para garantir o voto contra Dilma.

Fundo partidário

Dinheiro do fundo partidário também tem sido oferecido para deputados na disputa por votos. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o presidente do PR, deputado Alfredo Nascimento (PR-AM), tem convidado deputados do partido para conversas nas quais ele informa que tem R$ 100 milhões no fundo partidário para financiar campanhas.

Ele trabalha contra o impeachment. A bancada do partido na Câmara, contudo, tem maioria favorável à cassação da presidente. Procurado, Nascimento não foi localizado.

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Deputados do PR e do PMDB disseram ter ouvido rumores de que parlamentares estariam recebendo oferta de dinheiro para votar contra o impeachment. A cifra chegaria a R$ 2 milhões por voto, dinheiro para financiar campanhas eleitorais.

Feijó nega que tenham lhe oferecido valores. "Me convidaram para ir na Dilma, no Lula. Eu disse que não perdessem tempo comigo, não. Fiquei chateado com isso. Começaram a divulgar que eu tinha mudado minha posição. Eu voto a favor do impeachment", disse. "Quero andar de cabeça erguida. Se votar contra, não poderei nem sair na rua."

A reportagem não conseguiu contato com o ex-deputado. A filha de Garotinho, Clarissa (PR-RJ), se licenciou do mandato e não participará da votação. A ausência ajuda o governo, que precisa impedir que a oposição alcance 342 votos.

Diante da informação de que Feijó poderia mudar de lado, deputados do PR pró-impeachment passaram a madrugada com ele para garantir o voto contra Dilma.

Fundo partidário

Dinheiro do fundo partidário também tem sido oferecido para deputados na disputa por votos. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o presidente do PR, deputado Alfredo Nascimento (PR-AM), tem convidado deputados do partido para conversas nas quais ele informa que tem R$ 100 milhões no fundo partidário para financiar campanhas.

Ele trabalha contra o impeachment. A bancada do partido na Câmara, contudo, tem maioria favorável à cassação da presidente. Procurado, Nascimento não foi localizado.

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