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Deputado do PSB diz que partido tem maioria para apoiar Ciro

Ex-líder do PSB na Câmara também afirmou que falta apenas formalizar a aliança entre os dois partidos para a eleição

Ex-líder do PSB na Câmara afirmou que a maioria da legenda já se decidiu pelo apoio ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de junho de 2018 às 08h56.

Última atualização em 29 de junho de 2018 às 08h58.

São Paulo - O ex-líder do PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado (MG), afirmou ao Estadão/Broadcast que a maioria da legenda já se decidiu pelo apoio ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial, faltando apenas formalizar a aliança entre os dois partidos para a eleição. Segundo o parlamentar, a expectativa é de que todos os trâmites para anunciar formalmente o apoio sejam finalizados dentro dos próximos 15 dias.

Na segunda-feira, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, realizou uma sondagem com os presidentes de todos os diretórios estaduais da legenda e, segundo Delgado, a maioria concordou que o melhor caminho seria apoiar Ciro. Em seguida foi feita uma consulta aos cinco governadores. Embora o governador de São Paulo, Márcio França, seja favorável ao alinhamento com o tucano Geraldo Alckmin, também entre os governadores do PSB prevaleceu na maioria dos casos a proposta de endossar o pedetista, segundo o deputado.

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Embora as consultas ainda tenham caráter informal, Delgado afirma que agora resta apenas submeter a decisão à Executiva Nacional e, em seguida, confirmar o acordo na convenção partidária. "Como os diretórios já concordaram, os governadores já concordaram e a Executiva já concordou, não há muito questionamento a ser feito", afirmou Delgado.

O deputado mineiro confirmou também as negociações para que o PSB indique o vice de Ciro na eleição. Nesse caso, o partido trabalha com nomes como o de Márcio Lacerda, hoje pré-candidato do PSB ao governo mineiro. Na bancada pessebista, circula também o nome do deputado Luciano Ducci (PR) como sugestão para o posto de número dois na chapa.

Siqueira, por outro lado, disse nesta quinta-feira, 28, ao Estado que a consulta ao nome de Ciro foi feita de maneira informal durante uma reunião para tratar de outros assuntos. "Não tenho essa conta. Não sei de onde ele tirou essa maioria", disse ele sobre a afirmação de Delgado.

De acordo com o presidente do PSB, o partido está num "momento de conversas" e o posicionamento em relação às eleições majoritárias não será definido neste momento. "Nem nos próximos 15 dias", ressaltou. Segundo Siqueira, o PSB ainda conversa com outros partidos, como o PT.

Desculpas

Numa tentativa de atrair apoio do DEM, Ciro se comprometeu a pedir desculpas a integrantes do partido que se sentiram ofendido com suas declarações, e recebeu aceno de ao menos um deles.

O secretário-geral do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), que processa Ciro por injúria por ter sido chamado de "corretor de FHC" na suposta compra de votos para a reeleição, disse que aceitaria o pedido, com uma exigência: que seja pedido no mesmo ambiente público em que Ciro o atacou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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